Banco de Leite reforça medidas de segurança para manter estoque

No Dia Mundial de Doação de Leite Humano, serviço destaca necessidade de estimular mais mulheres a se tornarem doadoras

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Celebrado em 19 de maio, o Dia Mundial de Doação de Leite Humano tem objetivo de sensibilizar a sociedade para a importância da doação de leite humano e estimular mulheres a serem doadoras. O ato é essencial para salvar vidas de bebês prematuros ou doentes, internados em unidades de terapia intensiva e de cuidados Intermediários neonatais.

Em meio à pandemia, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares (MOV) - referência estadual com certificado Padrão Ouro pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) - tem mantido sua taxa de doação em índices satisfatórios: abril foi o melhor mês de 2020 em relação à quantidade de leite humano recebido, com mais de 200 litros. Em março, o índice foi de quase 175 litros.

No entanto, essa não tem sido a realidade de muitos bancos de leite pelo país, devido à necessidade de isolamento social por conta da covid-19. Vale lembrar que o leite materno fornece, entre tantos outros benefícios, anticorpos necessários para fortalecimento do sistema imunológico dos recém-nascidos. Além disso, protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias, diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade. Por isso, esse ato deve ser estimulado.

“É importante alertar que, mesmo em tempos de pandemia pelo coronavírus, os bancos de leite continuam trabalhando pela doação de leite humano. Por isso, devemos estimular e garantir que as nutrizes possam continuar doando o leite excedente com segurança e tranquilidade. Temos a RDC 171 de 2006, que regulamenta o funcionamento dos bancos de leite humano em todo o país e é rigorosa em relação ao controle de qualidade do leite que é recebido e distribuído. O método é muito seguro”, garante a coordenadora do Banco de Leite Humano da MOV, Maria Hercília Barbosa.

Com a covid-19, o Banco de Leite Humano da MOV teve que readequar alguns procedimentos em relação ao cadastro de novas doadoras e à coleta domiciliar de leite humano. “Agora a triagem da doadora é feita por telefone. Na sequência, ela nos envia todos os exames por e-mail. A médica responsável pelo banco de leite analisa os resultados e, se tiver tudo dentro dos parâmetros, entramos em contato com essa mãe, fazemos sua ficha de cadastro e levamos até a porta de sua casa para que ela assine”, explica Hercília.

O kit para a coleta do leite (touca, máscara e recipiente de vidro) também é entregue na porta de casa - para diminuir o risco de contaminação, a equipe do BLH não adentra a residência da doadora. “Entregamos o kit na porta e também recebemos o leite na porta. Nossos funcionários vão buscar o leite coletado com toda a paramentação necessária (touca, máscara, avental, jaleco e luvas), pegam o leite, desinfetam o recipiente de vidro com álcool 70% e só depois guardam na caixa térmica para ser entregue ao banco de leite”, esclarece a coordenadora do serviço.

No banco de leite, o leite materno passará por processamento e controle microbiológico, com todo o rigor necessário para que o alimento saia com qualidade certificada aos bebês. “Pedimos que as mães continuem doando seu excedente de leite, continuem nos ajudando nessa causa, que é de toda a sociedade. Quem souber de alguma mãe que está com excedente de leite, indique um banco de leite e ajude a salvar vidas”, conclui Hercília.

Dia Mundial

A data comemorativa surgiu durante o V Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano/ I Congresso Iberoamericano de Bancos de Leite Humano/ I Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano, realizado em Brasília, no ano de 2010.



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