Carretas equipadas com tecnologia de ponta reforçam segurança

Recurso, que será utilizado na Virada Cultural, é uma das ferramentas para redução da criminalidade

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As carretas possuem estações de trabalho equipadas com tecnologia de ponta
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A redução dos índices de criminalidade em Minas Gerais, conforme divulgado recentemente pelo governador Romeu Zema, tem fortes aliadas: as carretas do Centro Integrado de Comando e Controle Móvel – ligadas ao Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) -, que são usadas em grandes eventos, como na Virada Cultural, que acontece neste sábado (20/7) e domingo (21/7), em Belo Horizonte.

No geral, segundo estimativa dos organizadores, são esperadas cerca de 500 mil pessoas, distribuídas por todos os espaços que recebem a programação totalmente gratuita. Ao longo de 24 horas ininterruptas, serão aproximadamente 400 atrações, que contemplam artistas locais convidados em atividades que movimentam os espaços culturais da capital.

A postos

Duas carretas móveis estão em atividade no estado, cada uma com capacidade de nove a 12 postos de trabalho. Nela, estão reunidos profissionais de diferentes instituições, que mantêm contato direto e permanente com a sala de situação do CICCR. Fazem parte da ação, comandos da  Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Subsecretaria de Atendimento Socioeducativo, entre outros.

Durante a Virada Cultural, uma das carretas estará na Praça da Estação - um dos 25 espaços do hipercentro onde vai haver programação. Por lá, segundo o superintendente de Integração da Sejusp, Leandro Almeida, a estimativa de presença é de pelo menos 30 mil pessoas.

Crédito: Divulgação/Sejusp

Vale ressaltar, conforme Almeida, que cada evento exige um planejamento específico. Para isso, tudo é previamente analisado pela Comissão de Monitoramento da Violência em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec), da qual fazem parte representantes de várias instituições, das áreas de prevenção, fiscalização, saúde, entre outras.

Integração

O trabalho é completamente integrado, segundo o superintendente. As carretas móveis, por exemplo, ficam nos pontos mais sensíveis dos locais de realização dos eventos. Por sua vez, na sala de situação do CICCR, que fica na Cidade Administrativa, representantes de  22 instituições – entre elas Sejusp, PM, PC, Polícia Rodoviária Federal, CBTU e Infraero – ficam de plantão 24 horas para monitoramento de incidentes, garantindo tomadas de decisões estratégicas com agilidade.

“É possível monitorar mais de 1.300 câmeras, incluindo a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), rodovias como BR-040, BR-381 e MG-010, além de aeroportos e outros ambientes no interior do estado”, explica Almeida.

Funcionamento

As carretas são equipadas com tecnologia de ponta e possuem estações de trabalho com acesso à internet e câmeras com visão noturna e de leitura de calor para identificação de armas  e objetos cortantes que estejam com pessoas que transitam pelos eventos. Citando um exemplo do uso do equipamento, o superintendente conta que é possível fazer o monitoramento com câmeras de 30 metros de altura e alcance de até 5 quilômetros no entorno do Mineirão. No CICC Móvel, também há o monitoramento do trânsito de pessoas que usam tornozeleira eletrônica, que é feito por profissionais do Sistema Prisional.

Nas carretas, o cidadão ainda pode registrar boletim de ocorrência, como em casos de roubo de celular. A ideia de utilização do aparato móvel é qualificar ainda mais a atividade policial, prevenindo a ocorrência de crimes e garantindo maior segurança aos cidadãos.

Durante a Copa América, realizada recentemente, foi colocada em uso, numa fase de teste, a plataforma de reconhecimento facial de pessoas. O equipamento possibilita cruzar as imagens da pessoa em atitude suspeita com o banco de dados de foragidos e de indivíduos com mandado de prisão em aberto. O prazo de resultado da consulta é de até cinco segundos. Se a pessoa tem envolvimento com crime, a plataforma vai fazer o reconhecimento facial, antes mesmo da abordagem policial. O software já está em uso em unidades prisionais do Estado.



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