Epamig atua na produção de húmus de qualidade

Projeto tem ações concentradas no Centro-Oeste mineiro e transforma resíduos em material fertilizante

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Cinco tratamentos para a produção do húmus de minhoca foram utilizados na primeira etapa
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Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), realiza testes com matérias-primas para trazer qualidade ao húmus disponível no mercado. Também conhecido como vermicompostagem, o húmus é a matéria orgânica depositada no solo, que resulta da decomposição de animais, plantas e folhas ou é produzido por minhocas. O material fertilizante fornece nutrientes para as plantas, regula as populações de micro-organismos e torna os solos férteis, além de outros benefícios.

Estruturas montadas para início da vermicompostagem (Divulgação / Epamig)

O projeto “Produção de Húmus de Minhoca com Aditivos Orgânicos e Químicos” é desenvolvido em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e surgiu de demandas como a da produtora e comerciante de minhoca e húmus, Ana Lúcia Lara.

“Notei a necessidade de um trabalho de pesquisa que proporcionasse o aproveitamento dos resíduos que são descartados de forma incorreta. Além disso, atualmente, trabalhamos com a questão da alimentação saudável e o húmus é um produto orgânico puro que atende as exigências nutricionais das plantas”.
 

Pesquisadora da Epamig Marinalva Woods, produtora Ana Lúcia, extensionista da Emater-MG Frank Martins e o técnico agrícola da Epamig Dalton César, durante visita para início dos trabalhos (Divulgação / Epamig)

Para a pesquisadora da Epamig Marinalva Woods o projeto é uma forma de direcionar resíduos e transformá-los em material fertilizante para uso na propriedade ou comercialização, A ideia é que o húmus se configure como alternativa de renda e favoreça a redução de possíveis impactos ambientais.

A primeira etapa, já realizada, foi a utilização no sistema de vermicompostagem de cinco tratamentos para a produção do húmus de minhoca. Para isso, os pesquisadores usaram esterco com adição de borra de café, bagaço de cana, pó de ardósia termofosfato e esterco puro, todos materiais de fácil acesso para o produtor.

A próxima fase será a análise do húmus produzido e ensaio em estufa com produção de algumas espécies de plantas medicinais e hortaliças em vasos. Após as análises e os ensaios no Campo Experimental da Epamig em Santa Rita, no Centro-Oeste do estado, os resultados serão divulgados e disponibilizados à comunidade em geral.



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