Estado discute Planificação da Atenção à Saúde

Estratégia busca enfrentamento mais efetivo de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e asma

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou, nesta terça-feira (21/5), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, seminário sobre a Planificação da Atenção à Saúde (PAS), nas Redes de Atenção à Saúde. O evento foi promovido em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e com o Instituto Israelita de Responsabilidade Social Albert Einstein, e contou com a participação de profissionais de diferentes setores da SES.

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, destacou o processo de requalificação das políticas de saúde (Crédito: Renato Cobucci/Imprensa MG)

A Planificação da Atenção à Saúde (PAS) é uma das estratégias utilizadas para organização de todo o Sistema de Saúde, integrando os serviços ofertados pela Atenção Primária à Saúde com a Atenção Ambulatorial Especializada. O resultado é um enfrentamento mais efetivo de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e asma.

Para o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, pensar sobre a Planificação da Atenção à Saúde é fundamental num processo de requalificação das políticas ofertadas à população.

“Esse tipo de preparação é fundamental para revermos, aprofundarmos e requalificarmos as políticas de Saúde. Essa é uma prática da SES, um comprometimento num momento em que estamos revendo o que há de positivo nas políticas e trazendo novas propostas para melhorarmos os serviços ofertados”, explica.

Segundo a superintendente de Atenção Primária à Saúde da SES, Daniele Leal, é necessário promover um alinhamento de temas fundamentais para a organização da rede de atendimento à população, incluindo discussões relacionadas à Planificação da Atenção à Saúde. “A proposta é um alinhamento de temas importantes para a organização dos processos de Saúde, levando-se em consideração a relevância da Atenção Primária como porta de entrada do sistema, mas também o trabalho desenvolvido pela média e alta complexidade”, diz.

O consultor do Conass, Eugênio Vilaça (Crédito: Renato Cobucci/Imprensa MG)

As novas condições de saúde da população pedem novas formas de organização dos sistemas de atenção. É preciso, portanto, haver um entendimento de que não há solução para os problemas a partir de mudanças em pontos de atenção isolados. É necessário pensar na rede de atendimento à população como um todo, levando-se em consideração a relevância da Atenção Primária à Saúde no cuidado de grande parte das necessidades dos pacientes.

Conforme explica o consultor do Conass, Eugênio Vilaça, uma das estratégias, quando o assunto é a ampliação do cuidado com a saúde da população, é a adoção de ações no âmbito da Atenção Primária.

“Estima-se que cerca de 12% dos casos de cânceres de mama e 19% dos de intestino poderiam ser evitados no Brasil por meio da prática de atividades físicas. Já a adoção efetiva de ações de promoção da saúde e de prevenção no país diminuiria em R$ 100 bilhões o gasto anual no Sistema de Atenção à Saúde brasileiro”, afirma.

A promoção da saúde está relacionada a estratégias sistematizadas, na rotina da Atenção Primária, que proporcionam às pessoas formas para melhorar sua qualidade de vida, incluindo o incentivo a uma alimentação adequada, saudável e sustentável, além de práticas corporais e atividades físicas. Estratégias que não apenas organizam a rede de atendimento, como também fortalecem e preparam as pessoas para o autocuidado.



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