Governo e parceiros criam grupo para discutir a gestão do lixo da RMBH

Foco de plano metropolitano é propor ações para gerar desenvolvimento econômico a partir dos resíduos

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A cadeia do lixo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) é o foco de um novo Grupo de Trabalho (GT) formado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH) e outras instituições.

O propósito do grupo é discutir um plano metropolitano de resíduos sólidos e tratamento do lixo gerado na RMBH, com o objetivo de propor ações de desenvolvimento econômico a partir de um novo paradigma em torno da gestão de resíduos.

Crédito: Divulgação / Semad

Na primeira reunião do GT, realizada na sexta-feira (14/2), na Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Central, participaram o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, representantes do setor produtivo e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), por meio da Agência RMBH. A Semad, por meio da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges), e os demais participantes começaram a analisar a cadeia do lixo na RMBH e já foi iniciado o planejamento de algumas ações. 

Agentes  

Uma das deliberações definidas diz respeito à formação do GT, que vai contar, além da Semad, por meio da Suges, com a  Agência RMBH, representantes da Sede, da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon). Também participaram da reunião o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado Minas Gerais (Setcemg) e da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/MG).

A ideia é que o grupo inicie os trabalhos de elaboração do plano em reuniões periódicas. A comitiva deve ser oficializada no Diário Oficial em ato conjunto das secretarias, explicou Mila Costa, diretora-geral da Agência RMBH. “O que estamos propondo é unir a expertise da agência com a competência e capacidade que a Semad tem para lidar com o assunto”, disse.

Ativo ambiental e econômico 
Costa destaca ainda que o intuito é fazer com que o lixo deixe de ser um passivo na RMBH. “A ideia é elaborar um plano que tenha diretrizes para lidar com o tratamento e disposição adequada de resíduos sólidos. Mas, para além disso, passar a lidar com a função econômica do lixo. O foco é pensar sobre a perspectiva do desenvolvimento econômico, convertendo o lixo em um ativo ambiental e também econômico”, explica a diretora.

De acordo com a superintendente de Saneamento Básico da Suges, Lilia de Castro, o foco de trabalho a pasta será propor ações e soluções para transformar o lixo em matéria-prima a partir de conceitos como reciclagem e reutilização. Um dos impactos esperados é diminuir a disposição de resíduos em aterros sanitários. “A ideia é que esse resíduo tenha uma cadeira produtiva”, reforça Castro.

Para executar a elaboração de planos, o grupo já pensa em formas de financiamento. “Vamos identificar os atores responsáveis pela construção desse plano conjunto e, a partir daí, buscar agentes financiadores para o projeto. Nosso objetivo é traçar arranjos mais adequados e tornar a gestão resíduos sólidos na RMBH em um processo mais eficiente”, disse.

Germano Vieira elogiou a iniciativa. “A gestão sustentável e eficiente dos resíduos é uma pauta prioritária na Semad, ideia reforçada por ações como a criação da Suges e a transferência do programa de Coleta Seletiva à Secretaria. Aproveito a oportunidade para colocar a capacidade técnica da pasta à disposição para que se chegue a um plano bem-estruturado”, frisou o secretário. 
 



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