Grupo criado para fortalecer o setor de avicultura completa dez anos

Ampliar a vigilância nas granjas e ampliar a presença junto a pequenos produtores são objetivos para este ano

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Crédito: Divulgação / IMA

Minas Gerais conta, há dez anos, com o suporte do Grupo de Atenção Veterinária Especial em Avicultura (Gavea). Criado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o grupo atua para  atender  às normas previstas no Plano Nacional de Sanidade Avícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Neste período de atividade para fortalecimento do setor de avicultura em Minas, são diversas conquistas, com realização de serviços como registro de granjas avícolas, atendimento a suspeitas de doenças de notificação obrigatória, cadastro de estabelecimentos que comercializam aves vivas e de outras explorações avícolas.

Liderado pela médica veterinária do IMA, Izabella Hergot, coordenadora estadual do Programa de Sanidade Avícola, o Gavea melhorou o sistema de atenção veterinária, aprimorando a capacidade de respostas a emergências sanitárias enfrentadas pelos produtores de aves. Hoje, após uma década, o grupo atua especialmente nas regionais do Triângulo, Zona da Mata, Central e Sul de Minas, onde se concentra o maior plantel avícola do estado.

“Sempre focamos em treinamentos e capacitação dos profissionais. É um grupo integrado, com muito engajamento e trabalho de equipe. A maioria dos servidores integrantes do Gavea entrou no IMA na mesma época e, por isso, podemos dizer que aprendemos a trabalhar juntos”, comemora Izabella. Desde a fundação do Gavea, conta ela, o grupo é extremamente elogiado, não só pela diretoria do IMA, mas também pela Associação de Avicultores de Minas Gerais (Avimig) e demais empresas do setor privado, em virtude do comprometimento com o serviço.

De acordo com Carlos Rivelli, produtor de granja de corte do estado, um dos principais fatores de sucesso em uma granja é a sua sanidade – correto manejo, sistema produtivo livre de riscos e doenças, entre outras medidas. “A prevenção é muito mais eficaz do que os tratamentos curativos”, destaca.

Rivelli também pontua que o trabalho realizado pelos técnicos do Gavea é de suma importância para a biosseguridade das granjas, contribuindo diretamente para o crescimento da atividade. “São os técnicos do IMA que atestam a qualidade das aves, de nossas instalações e de nossos trabalhos. São eles também que vão a campo levando informações e troca de experiências com a nossa equipe, sempre com o propósito de preservar a saúde das aves e garantir que nossa produção atenda aos requisitos do mercado, além das atualizações e inovações das legislações vigentes”, complementa.

Para 2020, Izabella Hergot destaca o crescente e essencial envolvimento dos parceiros no setor. “Pretendemos ampliar a vigilância nas granjas, nos aproximando cada vez mais dos pequenos produtores que, assim como os grandes, são fundamentais para o fortalecimento e evolução da avicultura mineira.  No planejamento das ações para este ano, estamos focados na continuidade de nosso trabalho em todas as granjas distribuídas no estado, contando sempre com a parceria da iniciativa privada, Avimig e dos produtores mineiros”, finaliza.

Crédito: Divulgação / IMA

Atuação

Atualmente, das granjas comerciais avícolas registradas no IMA em todo o estado, 1.518 são de corte e 148 de postura. Entre as atividades de destaque do Gavea estão a atuação no foco de laringotraqueite em Itamonte e a força-tarefa para registro de granjas realizada em Pará de Minas.

Após o escritório de Itamonte receber a notificação da suspeita de laringotraqueite infecciosa, em novembro de 2010, o Gávea foi convocado, permanecendo na região durante vários meses.  Em 2016 e 2017, os servidores também foram convocados para novos inquéritos na região, participando ativamente no controle da doença no estado. 

Em junho de 2017, o grupo foi novamente convocado para atuar em força-tarefa na região de Pará de Minas, a fim de fiscalizar as granjas da região que ainda não tinham sido registradas. “Um outro momento que podemos destacar foi o treinamento de Uberlândia - no ano de 2012 e em parceria com a iniciativa privada -, quando todos os representantes do Gavea foram capacitados em emergência de avicultura com aula prática e teórica”, lembra Izabella.



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