Hospital Galba Velloso, em BH, também vai receber internações de Covid-19

Em coletiva, secretário de Saúde anuncia que pacientes psiquiátricos serão transferidos para o Raul Soares

imagem de destaque
Rede Fhemig está se preparando para atuar de forma principal ao enfrentamento ao coronavírus, tanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quanto no interior
  • ícone de compartilhamento

O hospital psiquiátrico Galba Velloso, da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), em Belo Horizonte, vai receber pacientes com Covid-19. As pessoas internadas na instituição serão transferidas temporariamente para o Hospital Raul Soares, como afirmou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva virtual sobre a pandemia nesta sexta-feira (24/4). 

Ele lembrou que a Rede Fhemig está se preparando para atuar de forma principal ao enfrentamento ao coronavírus, tanto na Região Metropolitana de Belo Horizonte, quanto no interior. “Tendo isso em vista, planejamos expandir os leitos de terapia intensiva da Fhemig e, para isso, é necessário também aumentarmos a capacidade de leitos de enfermaria para receber pacientes com menor gravidade e também indivíduos que saíram da terapia intensiva. Dentro deste plano, optamos pelo Galba Velloso, que será transformado em uma instituição de internação clínica durante pandemia”, afirmou.

Amaral explicou que pacientes do Galba Velloso já estão sendo transferidos para o Hospital Raul Soares, unidade que também faz atendimento psiquiátrico, não havendo nenhum tipo de perda assistencial. “Estamos também organizando a estrutura interna da instituição com previsão de possíveis obras de readequação. No futuro, o objetivo é que o Galba Velloso volte a suas funções originais”, frisou.

Minas Consciente

Na entrevista coletiva, o secretário também falou sobre o programa de flexibilização do isolamento social, o Minas Consciente. Para que ele passe a vigorar, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) setorizou quatro ondas que são classificadas da seguinte maneira: onda 0 – serviços essenciais; onda 1 – baixo risco; onda 2 – médio risco; onda 3 – alto risco. As classificações serão liberadas para funcionamento de forma gradual, conforme indicadores de capacidade assistencial e da evolução da doença, avaliando o cenário de cada município e o número de casos da doença em cada região.

“Os números da Covid-19 em Minas têm seguido um certo padrão. A secretaria realiza o acompanhamento diário dessa evolução para a elaboração e o planejamento dos programas e orientações para cada setor. Hoje, está liberado o funcionamento dos serviços tidos como essenciais, como supermercados, padarias, açougues, postos de gasolina, entre outros”, disse. “Até a próxima segunda-feira, teremos todos os protocolos para os demais setores finalizados”, completou.

A fiscalização dos estabelecimentos comerciais após a autorização da reabertura do comércio será realizada pelos próprios municípios, como explicou o secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, lembrando que a vigilância sanitária continuará realizando os procedimentos. Ele afirmou que os protocolos que estão sendo elaborados têm como função principal orientar as cidades e homogeneizar os cuidados que os comércios devem tomar.  

Distanciamento social

Para acompanhar os índices de distanciamento social em todo o estado, a SES-MG utiliza um software que monitora cerca de 3 milhões de pessoas. O secretário Carlos Eduardo Amaral destacou que, nos últimos dez dias, a pasta percebeu um aumento das mobilidades das pessoas, tanto na capital quanto no interior. Segundo ele, o fato condiz com a abertura da circulação de pessoas que várias prefeituras adotaram. 

“Dentro deste contexto, entendemos que o distanciamento é importante, mas, mais do que isso, é preciso analisar qual é o impacto assistencial que esse isolamento traz, ou seja, quais ações de enfrentamento têm surtido efeito, notificações, número de internações e de diagnósticos de casos da doença. O objetivo é realizar uma análise conjunta, abordando vários indicadores, para sermos o mais precisos possível”, avaliou Amaral.



Últimas