Medidas adotadas pelo Governo adiaram pico da pandemia no estado

Minas Gerais se destaca no controle da covid-19, mas é essencial que a população mantenha prevenção

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O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário de estado adjunto de Saúde Marcelo Cabral avaliaram a situação do estado quanto ao enfrentamento e controle da pandemia de covid-19 em entrevista coletiva virtual, realizada nesta terça-feira (9/6).

Amaral atualizou os dados do boletim epidemiológico sobre a doença: hoje são 16.102 casos confirmados - 8.340 em acompanhamento e 7.363 referentes a pacientes recuperados - e 399 óbitos.

Conforme o secretário, as medidas adotadas pelo Governo do Estado para diminuir a transmissão da doença foram determinantes para modificar a tendência de Minas em relação ao país.

Rapidez de resposta

O secretário destacou que o governo adotou medidas rapidamente ao identificar que o pico da doença no estado estava projetado para junho e seguindo a mesma tendência do país.

Entre as ações mais eficazes, ele citou a criação do Plano Minas Consciente e a realização de videoconferências e de reuniões com todas as macrorregiões mineiras. O objetivo de sensibilizar os gestores municipais de Saúde e prefeitos a aderirem ao máximo às medidas de isolamento, dentro da visão do Minas Consciente e com a intenção também de adiar o pico de contaminações, tem levado o estado a um bom índice de controle da pandemia.

Projeção prorrogada

Amaral lembrou que, de acordo com os primeiros estudos, baseados na tendência do Brasil e adaptados para a população de Minas Gerais, o pico da covid-19 no estado seria nesta terça-feira, dia 9 de junho. No entanto, Minas conseguiu prorrogar a data de pico para meados de julho. Apesar de adiar a projeção  em mais de um mês, o secretário explicou que o vírus vai continuar a circular por um longo tempo. Diante disso, fez um alerta à população. “Não podemos flexibilizar exageradamente, nem acabar com as medidas de isolamento. Caso contrário, pode haver um acréscimo muito grande de casos e, consequentemente, risco assistencial, o que é tudo que não queremos”, reforçou.

Ocupação de leitos

Amaral também atualizou os dados sobre a ocupação hospitalar no estado. De forma geral, 72% de leitos de UTI e 70% dos leitos clínicos estão ocupados. Das Unidades de Tratamento Intensivo ocupadas, 11,86% são referentes a pacientes com covid-19 ou suspeita da doença. Entre os leitos clínicos, 7,68% estão ocupados por pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeita do coronavírus. 

O secretário também reafirmou que o Hospital de Campanha só será aberto em caso de necessidade. A unidade tem a capacidade de ampliação em módulos, que pode ser acionada como um retaguarda, em caso de descontrole da epidemia.

Ele reforçou, ainda, que o governo vem se antecipando a todos os cenários possíveis.

O secretário de Estado adjunto Marcelo Cabral abordou as medidas que vêm sendo tomadas em relação aos municípios mineiros vizinhos às cidades de outros estados mais afetadas pela pandemia. Segundo ele, algumas diretrizes já foram passadas, via Nota Técnica. Ele reforçou que cabe a cada município tomar decisões. Cabral também pontuou a importância de haver uma força tarefa no enfrentamento da covid-19.

“Caso seja necessário, daremos um passo atrás. Neste momento, é importante a tomada de responsabilidades por cada um dos atores. Temos o Governo do Estado, os municípios, os secretários municipais, os nossos superintendentes e os indivíduos, cada um de vocês que nos assistem todos os dias, porque pouco importará a adoção de leitos e planos, se não houver de nossa parte o cumprimento das responsabilidades que nos cabem”.

Sem falar em datas, o subsecretário fez uma projeção otimista. "Se os protocolos e orientações continuarem a ser seguidos, a ideia é dar início a uma retomada ponderada das atividades. Além disso, medidas mais duras como o lockdown poderão ser evitadas."



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