Serraria Souza Pinto se transforma em ponto de referência para pessoas em situação de rua

Espaço, vinculado ao Estado, está sendo readequado para garantir alimentação, higiene e dignidade aos mais suscetíveis à pandemia 

imagem de destaque
O espaço interno será dividido em praças para atendimentos de saúde, higiene e alimentação
  • ícone de compartilhamento

Palco de diversas manifestações culturais em Belo Horizonte, a Serraria Souza Pinto – espaço administrado pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) – vai cumprir uma nova função a partir de agora. O centro de eventos será ponto de referência para abrigar a população em situação de rua da capital durante a pandemia da covid-19.

Em uma ação articulada entre Secult, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e Arquidiocese de Belo Horizonte, por meio dos projetos Arte Salva e Canto de Rua Emergencial, a serraria vem sendo reestruturada para receber as pessoas que estão mais vulneráveis à pandemia e também  às baixas temperaturas registradas durante o outono e inverno.

O espaço interno será dividido em praças. Uma delas é a da Saúde, com profissionais avaliando se as pessoas em situação de rua apresentam sintomas de covid-19. Outra praça, destinada à alimentação, vai distribuir lanches e a praça de Dignidade vai oferecer sanitários e ambiente para banho e higienização. O amparo será ampliado, com profissionais destacados para assistir a questões sociais dos moradores, como emissão de documentos, denúncia sobre violência e explicações sobre direitos humanos.

Referência

De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, a Serraria Souza Pinto foi escolhida estar em um local estratégico na cidade. “A região do complexo cultural da Praça da Estação é muito simbólica para todos nós. As pessoas em situação de rua terão esse local como referência de auxílio em um momento tão difícil. Queremos dar a dignidade que essas pessoas merecem em um momento em que a cidade está sem circulação, e os moradores são invisibilizados”, destaca.

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, explica que a iniciativa é transversal. “Garantir um local para pessoas em extrema vulnerabilidade num cenário de pandemia é de fundamental importância. Vamos trabalhar cada vez mais para atendê-los e assegurar a eles um local seguro", afirma.



Últimas