Jovem cafeicultora mineira é finalista em concurso internacional de inovação

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A jovem cafeicultora Bruna Carolina da Silva, de 22 anos, de Fervedouro, na Zona da Mata mineira, ganhou o segundo lugar no Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe. Com auxílio da Emater-MG, Bruna disputou a final do concurso promovido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU), na categoria Geração de Renda.

A experiência inovadora e empreendedora de produção de café especial, batizado de “Café Especial da Bruna”, foi o que rendeu o prêmio à jovem. Um café é considerado especial quando tem um processo de produção diferenciado e atinge entre 80 e 100 pontos, na tabela de classificação sensorial da Specialty Coffee Association (SCA).

A produção teve início no ano passado, foi toda artesanal e contou somente com mão de obra familiar. “Fizemos a colheita seletiva dos grãos maduros, evitando ao máximo os grãos verdes, e deixando somente os uniformes e sem defeitos. Depois, os grãos foram lavados e esparramados em um terreiro suspenso para secar. Após a secagem, ainda catamos manualmente os cafés verdes que restaram”, explica Bruna. Ao final, o café foi torrado, moído e embalado em sacolas com válvulas para manter a qualidade e o sabor até o consumidor final.

O processo foi acompanhado pela Emater-MG, que presta assistência técnica à jovem e sua família. A empresa, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), foi também a responsável por incentivar a cafeicultora a se inscrever para a competição virtual.

Das cinco sacas colhidas de 60 quilos cada, a cafeicultora já vendeu quase tudo. O preço da saca do café especial foi de R$ 1 mil, mais que o dobro do pago pela saca do café convencional, também produzido na propriedade familiar, e que costuma alcançar em torno de R$ 400,00. A comercialização está sendo feita via redes sociais, como Instagram e Facebook, além do Whatsapp.