Bolsa Reciclagem beneficia 1,4 mil famílias de catadores

Governo retoma repasses do programa que estavam interrompidos desde 2017

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Mecanismo importante de auxílio aos catadores de materiais recicláveis, o Bolsa Reciclagem voltou a ser pago a cerca de 1,4 mil famílias em Minas Gerais. A retomada do programa é fruto de um esforço conjunto do governador Romeu Zema, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges) e da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF).

O Bolsa Reciclagem apresentava déficit desde 2017, tendo o passivo sido herdado pela atual gestão. Entretanto, durante o mês de novembro deste ano, foi empenhado R$ 1,5 milhão para o pagamento de dois trimestres às 80 associações de catadores de materiais recicláveis de Minas Gerais. O valor se refere ao último trimestre de 2017 e ao primeiro de 2018 e marca a retomada do repasse.

O subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco, destaca que a verba para o custeio do programa já foi incluída na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, que foi enviada à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “A expectativa é que a gente possa garantir os valores de 2020 para dar continuidade ao trabalho das associações que tem resultados em grande parte de Minas Gerais”, reforça. 

Presidente da Associação dos Catadores e Recicladores de Uberlândia (Acru), Alessandro Inácio Pereira fundou a entidade há dez anos, quando começou a atuar como catador de recicláveis. Ele comemora a retomada do benefício. “É de extrema relevância porque em algumas épocas do ano a queda de material é brusca e a bolsa agrega muito”, diz. “Ajuda a equilibrar as contas, colocar pagamentos do galpão em dia e, ainda, investir na manutenção de equipamentos da associação”, acrescenta. 

Tesoureira da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Carmo do Cajuru (Recicarmo), Daniela de Souza também celebra o pagamento do Bolsa Reciclagem. “É muito importante porque a gente passa muita dificuldade. Na reciclagem não temos apoio de muita gente, não temos um salário mensal fixo e aí, principalmente no final de ano, é um valor que nos ajuda muito”, acredita. 

Dez por cento do valor total recebido pelas entidades deverão ser destinados à manutenção das associações. O restante do valor é distribuído, igualmente, aos catadores.

Ao anunciar a retomada do pagamento do Bolsa Reciclagem, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, comentou que “a retomada do repasse é fruto de uma ‘engenharia financeira’. Estamos muito satisfeitos com essa conquista e fazemos o compromisso de equacionar o passivo que foi herdado na Lei Orçamentária de 2020”.



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