Copasa instala mil novas câmeras para combater o furto de cabos em Minas  

  Levantamento feito pela empresa aponta para um crescimento de 36% na média de ocorrências mensais; prejuízos ultrapassam R$ 2,75 milhões

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O aumento de furtos de fios de cobre próximo a unidades da Copasa tem causado prejuízos à empresa e impactado o abastecimento de água e tratamento de esgoto em Minas Gerais. Entre janeiro e setembro de 2022, a companhia já acumula o prejuízo de R$ 2,75 milhões em decorrência de crimes desta natureza. Esse montante consiste no valor despendido pela companhia para reparar os danos provocados pelos furtos e restabelecer a energia nas redes de abastecimento e unidades de bombeamento.   

Copasa / Núcleo de Inteligência Operacional 

Para coibir esse tipo de crime, a Copasa investiu na compra de mil novas câmeras com o objetivo de ampliar a vigilância eletrônica de suas áreas para evitar esse tipo de ocorrência em suas unidades. Também mantém uma parceria junto à Polícia Civil para auxiliar no trabalho de investigação que visa desvendar os receptadores de cabos de cobre no estado.  

Até essa segunda-feira (3/10), a companhia registrou 111 ocorrências - deixando reservatórios, captações de água, unidades de distribuição, Estações de Tratamento de Água (ETAs) e de Esgoto (ETEs) sem energia. No ano passado, entre maio e dezembro, a companhia contabilizou 63 casos de furtos em suas unidades. A Copasa não tem dados anteriores a maio de 2021.   

Segundo o gerente da Unidade de Controle Operacional da Copasa, Rodrigo Ferreira Coimbra e Silva, um levantamento feito pela empresa aponta para um crescimento de 36% na média de ocorrências mensais em 2022. “No ano passado, a gente tinha uma média de nove furtos de cabos por mês e, neste ano, até setembro, estamos com uma média de 12,3 furtos de cabos por mês”.   

A maioria dessas ocorrências acaba levando ao desabastecimento de água, impactando diretamente o dia a dia da população. No dia 26/9, o furto de fios de cobre na unidade de captação de água da Copasa no rio Pará deixou aproximadamente 40 mil moradores de Divinópolis, na região Central de Minas Gerais, sem água durante cerca de 18 horas.   

No dia anterior, a companhia registrou um caso semelhante em Alfenas, no Sul do estado. Foram furtados cabos de energia da estação de bombeamento de esgoto, o que causou o extravasamento de efluentes em um curso d'água local, impossibilitando assim o funcionamento da elevatória, afetando no tratamento de aproximadamente 11 mil residências. Ao todo, foram necessárias nove horas para reparar a unidade e retomar o bombeamento de esgoto.   

Já no dia 19/8, uma ocorrência de furto de fios e transformador em uma estação de bombeamento de água deixou a unidade da Copasa sem eletricidade por quase dez horas - o que afetou o abastecimento de água para aproximadamente 5 mil moradores de Botelhos, na região Sul de Minas Gerais.   

 



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