Copasa investe em melhorias na distribuição e qualidade da água no Triângulo Mineiro

Aperfeiçoamento do sistema em Campo Florido vai corrigir problemas de fornecimento em horários de pico. Em Prata, intervenções foram direcionadas à Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade

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Em Campo Florido, melhorias no sistema vão solucionar problemas com pressão da água e entrega a todas as torneiras
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Com a finalidade de melhorar o abastecimento para os mais de 3 mil moradores dos bairros Azaléia, Comendador Tércio Vanderlei e Vila Junqueira, em Campo Florido, no Triângulo Mineiro, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) investiu, entre os meses de março e outubro deste ano, perto de R$ 580 mil na ampliação e aperfeiçoamento do sistema de distribuição de água da cidade.

O recurso gerou a implantação de aproximadamente dois quilômetros de redes de distribuição (distância equivalente a 20 campos de futebol colocados em linha); uma elevatória de água (equipamento responsável por bombear a água para as partes mais altas) e um reservatório (caixa d’água com grande capacidade de armazenamento) de 100 mil litros de água. As novas estruturas entraram em operação na sexta-feira (14/10).

Fernando Fraietta, técnico de projetos e obras da Copasa, explicou como as intervenções vão contribuir para melhorar a distribuição de água para a população. “Antes, em períodos de alto consumo, tínhamos problemas com a pressão da água, que chegava até as torneiras, mas não em todas as caixas de água. Com o upgrade no sistema, esse problema será corrigido”, conta.

Copasa / Divulgação

Setorização

As equipes técnicas também fizeram a setorização dos bairros citados, ou seja, a divisão do sistema de abastecimento em pequenas regiões. Com o conjunto de medidas adotadas, as intermitências no fornecimento de água em horário de pico foram eliminadas e, no caso de interrupção do abastecimento para realizar alguma manutenção, a recuperação será mais ágil e menos imóveis correrão risco de desabastecimento.

Ainda de acordo com Fernando, os monitoramentos continuam. “Fizemos testes e correu tudo bem. São estruturas novas que estão funcionando sem intercorrências, mas permanecemos observando o comportamento do sistema”, afirma. No total, 3.062 pessoas, o equivalente a cerca de 50% da população, foi diretamente beneficiada. 

As obras foram executadas por equipes terceirizadas, mas acompanhadas de perto por empregados da Copasa. Durante as intervenções, 20 empregos foram gerados, entre diretos indiretos.

Melhoria constante 

Para garantir a qualidade de vida da população, a Copasa licitou em agosto de 2022 a implantação do sistema de esgotamento sanitário, o que inclui a implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Campo Florido. A previsão é que as obras tenham início em janeiro de 2023 e sejam concluídas em 16 meses. 

Avaliadas em R$ 7 milhões, as intervenções consistem na construção de interceptores, elevatória final e ETE, beneficiando cerca de 6 mil habitantes que passarão a ter o esgoto tratado. Com a conclusão da estação, 90,18% do município, que já tem a coleta, será atendido com tratamento de esgoto.

Qualidade da água

Buscando garantir o fornecimento de água de qualidade a longo prazo para os moradores de Prata, também no Triângulo Mineiro, a Copasa trabalha desde o fim do mês de setembro na substituição do material filtrante da Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade. Avaliados em R$ 123 mil, a previsão é que os serviços sejam concluídos até o fim deste mês, beneficiando os mais de 30 mil habitantes.

O técnico químico de produção da Copasa, Eder Pedro, explica que o material filtrante é tudo aquilo que é utilizado no tanque de filtração da ETA, com objetivo de tornar a água própria para consumo. “Estamos trocando carvão, areia, cascalho, entre outros produtos. Também estamos dando manutenção nos drenos de fundo, canais que encaminham a água para receber o tratamento final”, afirma.

Copasa / Divulgação


Com a manutenção, a empresa garante que os padrões de potabilidade da água permaneçam sempre além dos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, contribuindo com a qualidade de vida da população pratense. Além disso, a operação também é otimizada. A substituição deixa os tanques ainda mais limpos, sendo assim, a higienização periódica da unidade de tratamento ocorre de maneira mais ágil, consumindo menos energia que o comum.

Rigor em todo o processo

Ainda de acordo com Eder, antes de chegar aos imóveis, a água passa por um rigoroso processo de tratamento. Após ser captada no Córrego Sidney, a água chega à ETA, onde primeiramente é realizado o processo de oxidação. Nessa fase, o cloro é adicionado com a finalidade de eliminar matéria orgânica da água. A próxima etapa é a coagulação, na qual são adicionados produtos capazes de separar os pontos de sujeira. Depois, o processo continua na floculação, com a formação de partículas de sólidos maiores e mais pesados que, nos tanques denominados decantadores, vão para o fundo.

A água já clarificada é destinada aos filtros e, na sequência, recebe a desinfecção com cloro, para prevenir eventual contaminação nas adutoras - canalizações que transportam a água da ETA para os reservatórios e destes para as residências. Neste momento ocorre também a adição de produtos para prevenir a obstrução ou corrosão das redes de distribuição. Adicionalmente, a água passa pelo processo de fluoretação, para a prevenção, controle e, em alguns casos, reversão da cárie dentária.

Periodicamente, as equipes técnicas verificam ainda as condições da fonte de captação. A água é analisada antes, durante e depois do processo de tratamento, para garantir que os padrões físico-químicos e biológicos - determinados como indicadores de potabilidade - atendam aos padrões de qualidade ideais respeitando as determinações previstas no Ministério da Saúde.



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