Georreferenciamento detalha área de produção de citros em Jeceaba

Trabalho da Emater indica que área produtora é 4,5 vezes maior do que era apurado

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A tangerina ponkan foi identificada como predominante na área
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Crédito: Divulgação/Emater-MG

Um notebook na mão, um programa de georreferenciamento e muita disposição. Foi assim que a técnica da Emater-MG em Jeceaba, na região Central de Minas Gerais, traçou um novo panorama da citricultura do município.

“A ideia surgiu a partir das ações realizadas pela Emater para o georreferenciamento e mapeamento do parque cafeeiro do estado. Decidimos fazer um levantamento parecido, na área do município ocupada com citros, identificando também os proprietários dos pomares”, explica Marisa Magna Barbosa.

Usando o sistema gratuito de localização por coordenadas do Google Earth, ela ficou surpresa com o resultado obtido. Os levantamentos feitos até então indicavam que as áreas produtoras de citros no município somavam cerca de 40 hectares.

“Após o geoprocessamento, apuramos que este número é 4,5 vezes maior. A área total, considerando os pomares em formação e em produção, é de 185 hectares, com predominância da tangerina ponkan”.

Marisa Barbosa diz que o resultado do mapeamento das lavouras surpreendeu até os próprios citricultores, que não tinham ideia do tamanho da área ocupada com as lavouras.

“Com a precisão do levantamento, também foi possível conhecer os pomares que não eram considerados por se localizarem fora do alcance dos olhos, escondidos na paisagem.  Com os novos dados, é possível reforçar junto aos administradores públicos a importância da atividade para o município. Cada hectare de pomar de citros gera dois empregos diretos e três indiretos”, explica. 

O novo dimensionamento da atividade em Jeceaba vai facilitar as melhorias no manejo e no monitoramento integrado de pragas, com instalação de armadilhas e pulverizações de acordo com a condição real apurada. A expectativa é que também se intensifique a capacitação dos produtores e que haja mais testes de novas variedades. “Com isso, poderemos diminuir os custos de produção, aumentar a produtividade, além de oferecer as frutas durante a entressafra”, afirma Marisa Barbosa.



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