Hospital João XXIII presta homenagem a profissionais que fizeram história no pronto-socorro

Simulado de resgate a múltiplas vítimas mostrou expertise das equipes multiprofissionais no atendimento a politraumatizados

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Fhemig / Divulgação (mais fotos: clique aqui)

O Hospital João XXIII, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), comemorou nesta terça-feira (4/4/2023) 50 anos de vida. Com a presença de figuras ilustres que passaram pelo pronto-socorro ao longo destas décadas, autoridades da saúde e servidores do hospital, o momento foi de homenagear profissionais, enaltecer a história e valorizar o trabalho realizado na unidade, que faz com que ela seja um dos maiores prontos-socorros do país e referência no atendimento a politraumas. 

O diretor do Complexo Hospitalar de Urgências, Fabricio Giarola, que compôs a mesa de abertura, se disse honrado em estar como diretor nas comemorações dos 50 anos do hospital.

“Parabenizo todos os servidores que fazem parte do João XXIII. São muitos profissionais que transformaram o João em referência nacional, e naquilo que a população sabe que pode contar em um momento difícil, no caso de um acidente automobilístico, uma queimadura, uma intoxicação ou outras emergências. Poder contribuir na melhoria dos investimentos, modernização e ajudar de uma forma geral na qualidade de trabalho é algo muito satisfatório para mim”, disse Fabrício. 

Para a vice-presidente da Fhemig, Patrícia Albergaria, o objetivo da gestão é melhorar cada vez mais a estrutura física do hospital e o ambiente de trabalho.

“Sabemos do valor dos servidores e que o trabalhador feliz irá atender o paciente da melhor forma possível”, ressaltou. “Não dá para falar de Fhemig sem falar do João XXIII, e nada seria o João sem os servidores, sem vocês que fizeram história. Os servidores do João têm pertencimento, alegria de trabalhar aqui”, completou a presidente da Fhemig, Renata Dias. 

Fhemig / Divulgação


Homenagens

Diversos profissionais que passaram pelo João XXIII receberam placas de homenagens e deram depoimentos sobre sua vivência no hospital.

“São muitas emoções, uma vida inteira dedicada a esse hospital. Passei meus melhores momentos aqui, muitos desafios, mas juntos superamos todos. O João XXIII é cada dia mais respeitado e querido pela população. Que vocês continuem defendendo o João, a Fhemig, que seja uma marca cada vez mais forte e que preste um serviço cada vez melhor ao usuário do SUS”, discursou o ex-diretor da unidade e ex-presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins. 

Para o renomado cirurgião Wilson Abrantes, que trabalhou no HJXXIII desde sua inauguração e já atuava no antigo pronto-socorro do Hospital Maria Amélia Lins, nos anos 50, o “João” é um hospital que dá saudade. “Qualquer encontro de médicos ou enfermeiros sempre termina com lembranças do João XXIII. Durante 43 anos, participei do dia a dia do João XXIII, vivendo o paradoxo entre funcionário e hospital. No início, era como se vivêssemos epopeias; já hoje ele é um hospital reconhecido nacionalmente. Deixei sementes que foram crescendo”, afirmou o médico.

Após a solenidade, foi inaugurada a placa comemorativa dos 50 anos na entrada do hospital, e cantado um parabéns pra você em frente à fachada.

Simulado de resgate

O evento de 50 anos do HJXXIII foi finalizado com um Simulado de Múltiplas Vítimas (SMV), vindas de um acidente fictício, ocorrido durante um jogo entre Cruzeiro e Atlético devido a uma sobrecarga elétrica. Os torcedores teriam sofrido queimaduras, além de pisoteamento devido ao pânico no estádio. 

Foram 80 pessoas envolvidas no simulado, sendo que 25 atuaram como vítimas e familiares. Trabalhadores do hospital e estudantes participaram dos atendimentos, tendo havido vítimas graves e ocorrência de óbito, chegando também pelas ambulâncias do SAMU. Os atores que se passaram por vítimas foram caracterizados e maquiados de forma realística. 

Em todas as estações e locais de atendimento, havia avaliadores que possuem expertise para identificarem necessidades de alinhamento dos processos de trabalho. O acolhimento aos familiares será uma das temáticas a ser abordadas visando identificar vulnerabilidades que possam ser conduzidas de maneira eficaz e humanizada dada a complexidade da situação.

Fhemig / Divulgação


“Os estudos mostram que a simulação realística é uma estratégia educacional eficaz tanto na formação de estudantes quanto na capacitação de profissionais”, afirma a assessora da direção do HJXXIII, Erika Santos.

“Nosso objetivo com o simulado foi capacitar e consolidar tanto o conhecimento, como as habilidades necessárias para a gestão e gerenciamento em caso de desastres e atendimentos a múltiplas vítimas, cenários em que o HJXXIII é referência”, afirma ela. 

De acordo com Fabrício Giarola, a ideia foi também demonstrar a capacidade assistencial que o João XXIII tem em atender um grande número de vítimas. “Quando ocorre algum acidente desta proporção, o protocolo de múltiplas vítimas do hospital é acionado, mudando o atendimento de um modo geral para conseguir receber da melhor maneira estes pacientes”, finalizou o diretor do CHU.



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