Indicadores do turismo em Minas registram crescimento  

Com avanço na vacinação e retomada segura das atividades, setor volta a atrair visitantes e a movimentar a economia 

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A edição de setembro do relatório "Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19" já está disponível no site do Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), entidade de pesquisa coordenada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). O volume 16, que faz parte da série homônima, traz como destaque o crescimento de todos os indicadores de monitoramento da atividade turística em Minas Gerais.
 
Um exemplo é o saldo de empregos formais do Turismo, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em julho, o número foi o maior do ano e o segundo mais alto desde o início da pandemia de covid-19. Naquele mês, foram gerados 4.759 empregos.

A partir dos números do Caged, o relatório do OTMG registrou 356.261 postos de trabalhos estimados em julho. Os setores mais representativos foram os de alimentação, responsável por 55% do saldo total de empregos formais, ou 2.640 empregados, enquanto o de comércio e serviços registrou 21%, ou 1.005 postos criados.
 
“Todos os indicadores mais recentes do turismo em Minas apresentaram crescimento expressivo em comparação a resultados anteriores neste ano. Esse avanço, que em nosso estado foi o maior entre as demais Unidades da Federação, gerou também aumento no número dos postos formais de trabalho no turismo, o que é fundamental para fazer a economia girar e para estimular a recuperação de outros setores", diz Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo.
 
Atrativos
 
Ele também destaca que o cenário positivo demonstra que Minas Gerais está no caminho certo com a articulação de ações de vários segmentos, como a evolução da vacinação aliada às medidas de fomento ao setor e à retomada gradual, planejada e segura das atividades turísticas, com incentivo principal ao turismo de liberação. "Nosso estado concentra grandes atrativos turísticos dentro das tendências de turismo pós-pandemia, com destaque para o ecoturismo, o turismo rural, de aventura e de natureza, além do turismo cultural”, completa o secretário.
 
O relatório publicado pelo OTMG também aponta um cenário de estímulo às viagens para os próximos meses. Em julho, o fluxo de aeronaves nos aeroportos de Minas Gerais foi o segundo maior desde o início da pandemia, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Foram 6.645 voos registrados no mês. Já o número de passageiros também apresentou alta, registrando, para o período, 699.833 pessoas, de acordo com a Anac.
 
A publicação também indica intenção das companhias aéreas de retomarem 100% dos voos domésticos. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), a expectativa das empresas é que, até junho de 2022, embarques e desembarques nacionais retomem os números observados antes do início da pandemia. Já voos internacionais devem continuar em menores quantidades devido às medidas sanitárias impostas por países.
 
Com relação à ocupação em hotéis, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG), a taxa de ocupação hoteleira na capital mineira em julho teve crescimento de 9,7 pontos percentuais em comparação a junho, e de 20,5 pontos percentuais em relação a julho de 2020, ficando em 42,1% de ocupação.
 
Retomada segura 
 
Esta evolução registrada se relaciona com as ações de estímulo à retomada gradual e segura do turismo no estado, como o Programa Reviva Turismo, iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secult.
 
As atividades turísticas em Minas Gerais vêm tendo sólido crescimento nos últimos meses, como o que mostrou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que coloca Minas com o melhor desempenho nacional no Índice de Atividades Turísticas (Iatur). 
 
Entre maio e junho deste ano, o estado apresentou crescimento de 19,7% no volume das atividades do setor. O índice de Minas é o maior entre todas as Unidades da Federação (UFs) e, também, acima da média nacional, que teve crescimento de 11,9% no período. As UFs que estão em segundo e terceiro lugares no Iatur são o Ceará, com 16,7%, e o Distrito Federal, que acumulou 14,4% das atividades turísticas.
 
Em relação ao valor arrecadado no mesmo período, os meses de maio e junho, Minas Gerais também apresentou o melhor resultado entre os estados. As atividades turísticas em terras mineiras tiveram crescimento de 26% entre maio e junho, superior aos resultados de outras UFs, como Santa Catarina (12,1%) e Bahia (11,4%) e também ao resultado nacional, que foi de 6,2%.
 
Vacinação
 
O relatório traz, também, dados relevantes sobre a vacinação contra covid-19 em Minas Gerais. Agosto foi o mês com maior volume de entregas de imunizantes ao estado, que somou 23.5253.880 doses. Até 31/8, foram aplicadas 18.876.303 doses, sendo 13.087.336 imunizados com a primeira dose. Já 5.788.967 de pessoas já foram imunizadas com a 2ª dose ou dose única.
 
A partir desse cenário, houve queda nos indicadores de disseminação do vírus em Minas Gerais, o que pode influenciar positivamente a retomada da atividade turística no estado, e esse cenário de vacinação em massa da população está relacionado à retomada segura das atividades turísticas em Minas, como já foi apontado em edições anteriores do documento.
 
Perfil dos viajantes
 
A publicação do Volume 16 do Panoramas e Tendências reúne um compilado sobre o perfil dos viajantes. Segundo o relatório do OTMG, cada vez mais pessoas têm se sentido seguras para realizar viagens, graças ao avanço da vacinação. De acordo com o Índice de Princípios do Viajante do Expedia Group, 72% dos consumidores planeja realizar alguma viagem nos próximos 12 meses.
 
O relatório indica, ainda, os diferentes perfis de viajantes e as variadas opções de destinos a escolha de cada um. Entre os resultados, 81,13% dos entrevistados em pesquisa feita pela Elo e Trvl Lab têm como propósito de viagem o descanso e o relaxamento.
 
Acesse as versões completa e resumida do Relatório Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19.



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