A agricultura mundial tem enfrentado uma série de desafios, com destaque para os efeitos das mudanças climáticas e, mais recentemente, pelo aumento dos custos de produção, ocasionado pela guerra na Europa, que impactou o comércio de fertilizantes. 

O Brasil tem forte dependência da importação desses insumos, situação que expõe os produtores às oscilações do câmbio e do comércio mundial.
Série de iniciativas para a substituição parcial ou total dos adubos solúveis está em curso. 

O uso dos remineralizadores em conjunto com a adoção de práticas para a regeneração do solo tem apresentado bons resultados de produtividade, além da diminuição do custo de produção. 

A nova edição do Informe Agropecuário, publicado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) sobre Remineralizadores e a fertilidade do solo traz uma reflexão sobre o atual modelo agrícola, fundamentado no uso intensivo de insumos externos e mostra que a utilização de tecnologias regenerativas tem o potencial de disponibilizar nutrientes, melhorar a saúde do solo e sequestrar carbono.

Tecnologia 

A tecnologia de uso de remineralizadores na fertilização dos solos vem sendo desenvolvida e difundida no Brasil, sobretudo na última década, com resultados de eficiência agronômica comprovados em experimentos técnico-científicos e na aplicação prática. 

Minas Gerais lidera a produção desses insumos com grande diversidade de rochas que, na sua composição, possuem macronutrientes como fósforo, potássio, cálcio e magnésio; e micronutrientes como cobre, manganês, ferro, entre outros. 

Essa tecnologia movimenta mercados locais e promove maior autonomia aos produtores.

A edição, coordenada pelos pesquisadores José Mário Lobo Ferreira e Sanzio Molica Vidigal, apresenta artigos sobre agrominerais silicáticos potássicos, manejo de dejetos de bovinos, produção e uso de biofertilizantes e bioinsumos e casos de sucesso com o uso dos remineralizadores.