Investimento feito pelo Estado no sistema de Saúde terá efeitos também pós-pandemia

Reforço estrutural, com ampliação de leitos e expansão da rede laboratorial, trará benefícios para população também no futuro

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Com relação ao pico da epidemia, Amaral comentou que as projeções estão mantidas, até o momento, para 15/7
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O investimento em hospitais de estrutura permanente, neste momento, será importante, também, para melhorar de maneira geral as condições de Saúde em Minas Gerais no pós-pandemia. Nesta segunda-feira (22/6), em coletiva virtual, o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Carlos Eduardo Amaral, destacou a importância das ações realizadas pelo governo mineiro para garantir a disponibilização de uma estrutura devidamente aparelhada e apta ao funcionamento, e que, futuramente, servirá ao Sistema Único de Saúde (SUS) não apenas no contexto de enfrentamento à covid-19.

“Fica um legado para a sociedade quando a pandemia passar. Preferimos abrir leitos em hospitais que já existem, que já têm toda a estrutura e protocolos, por exemplo. É muito mais simples conseguirmos ampliações nesses hospitais, como estamos fazendo reiteradas vezes na Rede Fhemig. Ou seja, em cada momento da epidemia, nós abrimos módulos de dez leitos”, afirmou o secretário

Em relação às mais recentes ampliações anunciadas nos hospitais administrados pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Amaral apontou que cinco leitos de UTI já ficarão disponíveis a partir da próxima quarta-feira (24/6), por conta de remanejamento de profissionais. Os demais estarão aptos assim que forem finalizados os procedimentos de contratação de equipes, o que deve levar em torno de 15 dias. 

Expansão

O secretário também relembrou a expansão da rede pública de laboratórios que, além da Fundação Ezequiel Dias (Funed), conta também com a Fundação Hemominas; o Instituto René Rachou, da Fiocruz; universidades federais; Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas; Laboratório Federal de Defesa Agropecuária; e, agora, o Laboratório Municipal de Belo Horizonte.

Para o secretário, a ampliação da rede laboratorial é indicador de que Minas tem conseguido reagir à demanda por testes. “Acreditamos que temos testes em número suficiente para os que tiverem a necessidade do exame”, pontuou. 

Pico

Com relação ao pico da epidemia, Amaral comentou que as projeções estão mantidas, até o momento, para 15/7. “É importante lembrar que esses picos, demonstrados pelas projeções, dependem do ambiente social, do maior ou menor grau de isolamento; são projeções dinâmicas. Por isso, temos atuado, sobretudo nos últimos 15 dias, para a redução de novos casos”, pontuou. 

Boletim epidemiológico

Até o momento, foram confirmadas 28.918 pessoas infectadas. Estão em acompanhamento 11.190 pacientes e outros 17.040 estão recuperados. Minas Gerais contabiliza 688 óbitos em decorrência da doença. Tendo em vista esse cenário, o secretário mencionou orientações para atenção primária à saúde, realizada pelos municípios em nível ambulatorial. “Pedimos que preparem fluxos separados. É de se esperar um aumento da demanda local, então esses serviços devem estar organizados para conseguir absorver a demanda”.  

Lockdown

Quanto à possibilidade de instituição de regime de lockdown, com ações de maior intensidade de restrição de circulação de pessoas e de funcionamento de atividades, o secretário destacou que só haverá imposição da medida, em regiões específicas, em caso de indicadores de descontrole da epidemia. “Devemos lembrar que lockdown é alternativa, não algo desejado. O isolamento adequado, dentro de parâmetros como os previstos no Minas Consciente, evita essa medida”, avaliou.

O secretário adjunto da SES-MG, Marcelo Cabral, complementou dizendo que protocolos para a eventualidade de lockdown já foram delineados e, agora, passam por ajustes. Cabral também destacou a importância de adesão ao plano Minas Consciente, de forma que as medidas de isolamento sejam coordenadas e possam seguir um padrão de conduta. 

“Estamos há cerca de um mês conversando com prefeitos e secretários tentando auxiliá-los. Nós temos dito, até de forma incisiva, que, ainda que se busque a expansão dos leitos, de nada adiantará se não tivermos o controle adequado sobre a transmissão da doença”, sinalizou. 



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