MG tem 3,7 milhões de mulheres responsáveis por domicílios e 65,1% delas são negras

Documento elaborado em parceria da Sedese com a Fundação João Pinheiro faz parte da Campanha Minas pelos Direitos Delas

imagem de destaque
  • ícone de compartilhamento

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), por meio da Subsecretaria de Inclusão Produtiva, Trabalho, Emprego e Renda, divulgou, nesta semana, um boletim especial em celebração ao Mês das Mulheres. 

O boletim apresenta informações sobre a condição no mercado de trabalho das mulheres responsáveis pelos domicílios em Minas Gerais, e faz parte da Campanha da Sedese “Minas pelos Direitos Delas” que desenvolve uma série de ações ao longo do mês de março. 

Lançado pelo Observatório do Trabalho de Minas Gerais, o estudo foi elaborado em parceria com a Fundação João Pinheiro, com dados estatísticos obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 2012 a 2023. 

Resultados 

Os dados evidenciam uma mudança significativa no panorama das famílias brasileiras. De acordo com o levantamento, observa-se um aumento progressivo no número de mulheres assumindo o papel de "chefes de família", entre 2012 até 2023.

O estudo apontou a predominância das mulheres negras nesse papel de responsabilidade doméstica. No ano passado, cerca de 2,2 milhões de mulheres negras eram as principais responsáveis pelos domicílios. 

A diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho, Amanda Carvalho, reforça que o boletim traz importantes resultados sobre a participação de mulheres em posição de chefes de família. 

“Desde 2012 vem sendo observado o aumento progressivo dessa posição de mulheres como responsáveis por seus domicílios, o que contribui para discussões em torno das realidades diferentes desse grupo no mercado de trabalho como por exemplo o rendimento médio, principalmente em comparação com o público masculino”, pontua.

O boletim também destaca um aumento no número de mulheres assumindo a responsabilidade pelos domicílios em todas as faixas etárias, especialmente entre aquelas com idades compreendidas entre 18 e 39 anos. 

Amanda afirma ainda que esta “é uma pauta multisetorial que precisa ser discutida para execução de ações e políticas públicas”, com o objetivo de promover e defender o direito das mulheres no estado. 

Escolaridade 

Outro ponto de destaque é o aumento das mulheres que chefiam domicílios possuindo níveis de escolaridade mais avançados, como o ensino médio e o ensino superior completos, demonstrando uma correlação entre educação, participação ativa no mercado de trabalho e na estruturação familiar.

Quanto à posição de ocupação, o boletim indica que, em 2023, a maioria das mulheres chefes de domicílio estava empregada com carteira de trabalho assinada. Esse dado indica não apenas uma maior estabilidade financeira para essas famílias, mas também uma tendência de formalização das relações de trabalho para as mulheres. 

Para uma análise mais detalhada e aprofundada, o boletim completo em celebração ao Dia Internacional da Mulher está disponível para leitura, clique aqui

Minas pelos Direitos Delas  

A Campanha Minas pelos Direitos Delas segue até o dia 31/3 com ações que envolvem a valorização, sensibilização, informação e o cuidado com as mulheres mineiras. Confira a programação completa



Últimas