“Mostra Tátil” reúne resultados de Residência em Pesquisas Artísticas do Cefart

Terceira edição do programa financiado pelo Governo, artistas apresentam exposições, performances, oficinas, intervenções e rodas de conversa

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Mostra propõe compartilhamento de trabalhos finais, realizados ao longo de um ano, por 20 residentes do programa
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Ocupando diferentes espaços da cidade com temas diversos, o Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) realiza a terceira edição da “Mostra Tátil”, exposição dos pesquisadores artistas residentes do Programa de Extensão do Cefart, nas áreas de Dança, Teatro e Artes Visuais. Trata-se do resultado de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado (FCS), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnológica e Ensino Superior (Sedectes).

A mostra propõe o compartilhamento de trabalhos finais das pesquisas realizadas ao longo de um ano pelos 20 residentes do programa. Nesta terceira edição, a mostra se expande para além do complexo Cultural do Palácio das Artes, com oficinas e performances nas ruas de Belo Horizonte.

De acordo com o coordenador do Programa de Residência para Pesquisas Artísticas do Cefart, Fabrício Martins, a “Mostra Tátil” tem caráter fluido. “Cada artista encontra seu caminho de pesquisa e, portanto, um percurso para mostrar o seu trabalho. É muito enriquecedor para o Cefart ter contato com 20 artistas com experiências tão diversas e acompanhar os processos de pesquisa ao longo de um ano”, avalia.

Segundo a bolsista residente na área da Dança Camila Magalhães, um dos pontos fortes da mostra é a diversidade de temas. “A residência dá liberdade para podermos investigar a fundo aquela inquietude que nos é mais aflorada dentro do campo artístico”, observa. “Ouve-se falar muito da pesquisa nas ciências exatas e biológicas, então é interessante mostrar para a cidade por meio de uma programação gratuita, diversa, e em diferentes locais como a arte também produz conhecimento nas suas mais diversas formas”, ilustra Camila.

O coordenador do programa também considera uma experiência que possibilita um intercâmbio entre os alunos do Cefart e os artistas residentes. “Vários dos nossos alunos estão prestes a se formar, e indicamos a pesquisa no campo das artes como um processo de aperfeiçoamento do aprendizado. Ao colocá-los em contato com artistas residentes já oferecemos uma possibilidade de trabalho no futuro”, pontua Martins, enfatizando que a Residência para Pesquisas Artísticas do Cefart é um programa único, já que são pouquíssimos os programas de residência no campo das artes financiados pelo governo e focado no processo de criação voltados para o ensino técnico.

Entre os variados trabalhos da mostra, está a roda de conversa “Questões de Gênero na Dança de Salão: Como podemos tornar a dança menos machista?”, resultado da pesquisa de Camila Magalhães, que investiga modos de condução na dança de salão que não envolvam estereótipos de gênero.

Na performance “Olhares possíveis para um convívio com a rua”, a residente Gabriela Fernandes explora a deriva por diversas ruas de Belo Horizonte. Já Carolina Cafieiro criou a exposição “Cartografias da Permanência”, que fica aberta à visitação no Mercado Popular da Lagoinha, reunindo fotografias em pinhole de ruas sem saída da capital mineira.

Para participar das oficinas, é necessário fazer inscrição por meio de formulário disponível no site da FCS (http://fcs.mg.gov.br/).

Para acessar a programação completa acesse o site da FCS: www.fcs.mg.gov.br.

Serviço:

Mostra Tátil – Cefart

Data: 15 e 16 de junho

Horário: 9h às 21h

Local: Diversos

Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537

Entrada gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400

Crédito: Camila Magalhães

 



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