Nota de esclarecimento

Divulgada nesta sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

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Minas Gerais passa pela pior crise financeira de sua história e é dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal, disparado, o ente federativo mais endividado. O déficit somente do ano passado superou os R$ 11 bilhões, ou seja, as despesas foram maiores do que as receitas neste patamar em 2018.

Para 2019, o rombo previsto na lei orçamentária formulada pelo governo passado está neste mesmo nível de endividamento. Além disso, os restos a pagar, do período entre 2015 e 2017, são de cerca de R$ 13,2 bilhões.

Só destes dois itens (restos a pagar + déficit do último exercício) somam mais de R$ 24 bilhões de dívidas com fornecedores, décimo-terceiro de 2018 com os servidores e repasses aos municípios retidos, entre outros. Além de tudo isso, há dividas com a União e outros credores que ultrapassam os R$ 114 bilhões.

Enquanto isso, a Receita Corrente Líquida é de cerca de R$ 55 bilhões por ano, ou seja, aproximadamente R$ 4,6 bilhões, por mês.

Fazendo a comparação com as contas de uma família, o Estado de Minas é como se fosse um trabalhador que recebe salário mensal de R$ 4,6 mil. Possui contas de água, luz, aluguel, condomínio, etc., que já venceram e não foram pagas no montante de R$ 24 mil. E ainda possui uma dívida com bancos de R$ 114 mil e contando juros sobre os juros...

Diante deste panorama, o Governo de Minas Gerais trabalha para reequilibrar suas contas, com o objetivo de reduzir despesas, com urgência, para haver a retomada da capacidade de pagamento dos compromissos do Estado.

Com pouco mais de 50 dias à frente do Estado, o governador Romeu Zema tem buscado todas as alternativas para quitar o quanto antes o décimo-terceiro não pago no ano passado pelo governo anterior. Mas os resultados desse esforço não serão realizados de um dia para o outro. 

Está prevista para a tarde desta sexta-feira (22/2), manifestação de alguns servidores públicos da área de segurança para reivindicar outras demandas de caráter salarial.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, está aberto ao diálogo para apresentar com transparência a verdadeira situação financeira do Estado, já abordada nesta nota de esclarecimento. E, principalmente, o que está sendo feito para sanar as contas em aberto com servidores, prefeitos e fornecedores.

“É fato notório que o Estado de Minas Gerais está falido. Mas temos concentrado todos os esforços, eu e minha equipe de governo, para que tão logo haja disponibilidade em caixa, fazer todos os pagamentos devidos, prioritariamente, para todos os servidores estaduais”, disse o governador.



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