Palácio das Artes recebe itinerância da 33ª Bienal de São Paulo

“Afinidades Afetivas” ocupa galerias e Cine Humberto Mauro, reunindo obras de 15 artistas

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O programa de itinerância possibilita novas relações entre os visitantes e os artistas
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Um recorte de uma das mostras de arte mais relevantes do mundo, a Bienal de São Paulo, será exibido na Fundação Clóvis Salgado, em parceria com a Fundação Bienal. Todas as galerias de artes visuais do complexo cultural do Palácio das Artes e o Cine Humberto Mauro serão ocupados, entre 9/3 e 2/6, com obras de 15 artistas que participaram da 33ª Bienal de São Paulo 2018. Entre os trabalhos expostos estão renomados artistas como Waltercio Caldas, Tamar Guimarães, Alejandro Corujeira, Roderick, Sofia Borges, Sara Ramo e Maria Laet.

O título “Afinidades Afetivas” se refere às compatibilidades artísticas e culturais entre os envolvidos, ressaltando a justaposição das obras no centro do processo curatorial. A itinerância da 33ª Bienal de São Paulo exerce um importante papel de democratização da arte; sua circulação promove a ampliação do público e reflexões sobre uma linguagem profusa e diversa.

Pela quinta vez, a FCS recebe a itinerância da Bienal, consolidando a parceria entre as duas Instituições. “Afinidades Afetivas” chega a Belo Horizonte ocupando todas as galerias do Palácio das Artes e o Cine Humberto Mauro. “Esse feito de trazer a ocupação da Bienal para o cinema nos permite ampliar ainda mais as linguagens artísticas propostas pela curadoria’’, ilustra o crítico italiano e responsável pela curadoria das itinerância, Jacopo Crivelli. Pela segunda vez consecutiva, a Itinerância da Bienal se estende ao espaço do Cine Humberto Mauro, construindo uma ponte com as galerias do Palácio das Artes.

Ele explica, também, que essas mostras foram concebidas como novas experiências em relação ao projeto original, de maneira que não replicassem literalmente o que foi visto no Pavilhão. “As narrativas propostas por cada uma das exposições itinerantes são pessoais e não têm a ambição de se apresentar como um resumo dos assuntos abordados pelos artistas e pelas obras da 33ª Bienal e, sim, buscar outras relações, outras afinidades afetivas, e manter-se assim mais fiel às suas ideias centrais”, destaca Jacopo.

Ressignificação

O programa de itinerância possibilita novas relações entre os visitantes e os artistas. Um exemplo é a instalação de madeira “Te doy una esfera de luz dorada” (2018), do argentino Alejandro Corujeira, que propõe o caminhar como uma manifestação do desenho, considerada por ele semente de qualquer atividade artística.

Crédito: Maria Laet © Fundação Bienal de São Paulo

Com ampla participação de artistas latinos e brasileiros, outros destaques da Bienal de São Paulo são os trabalhos de Waltercio Caldas, artista-curador da Bienal conhecido por produzir com esculturas circunstâncias espaciais, além de usar a palavra como elemento escultórico, como em “Not Now” (2014). As cinco obras da artista-curadora Sofia Borges se destacam ao lidar com a tragédia de uma pesquisa sobre a mitologia, a existência e a impossibilidade de unir seu significado à obra.

A mineira Tamar Guimarães ocupa o Cine Humberto Mauro, uma vez por semana, com “Ensaio” (2018), obra audiovisual filmada no próprio Pavilhão da Bienal, trazendo reflexões sobre o racismo e misoginia. A artista revela o interesse pelo formato do ensaio, proveniente da tensão entre repetição e diferença, do estado de espera e a potência da renovação, pelas mudanças internas de relações entre as partes. No elenco de não-atores está, também, o curador-geral da 33ª Bienal Gabriel Pérez-Barreiro.

Convite à atenção

O cuidado com a atenção orientou o programa curatorial da mostra. Com o objetivo de criar espaços favoráveis à desaceleração, observação, reflexão do público e compartilhamento de experiências, a Fundação Bienal desenvolve ações educativas em parceria com o Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart.

No período expositivo da itinerância, os professores do Cefart e outros multiplicadores artistas vão oferecer atividades como palestras, visitas guiadas e processos exploratórios de produção e apreciação artística desenvolvidos para potencializar a experiência estética dos diversos públicos.

Segundo o coordenador da Escola de Artes Visuais do Cefart, Lucas Amorim, essas ações são de extrema importância para a formação de público não só para o recorte da Bienal ou das artes visuais, mas também para todos os corpos artísticos e espaços culturais da Fundação Clóvis Salgado.

“A itinerância da Bienal de São Paulo exerce um importante papel de democratização da arte, por ser uma das principais plataformas do segmento no mundo, a sua circulação promove a ampliação do público e as reflexões de uma linguagem profusa e diversa.  Pela quinta vez, a FCS recebe a itinerância da Bienal consolidando a parceria entre as duas Instituições. ‘Afinidades Afetivas’ chega a Belo Horizonte ocupando todas as galerias do Palácio das Artes e também o Cine Humberto Mauro, esse feito de trazer a ocupação da Bienal para o cinema nos permite ampliar ainda mais as linguagens artísticas propostas pela curadoria’’, explica Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado.

Serviço:

Itinerância 33ª Bienal de São Paulo – Afinidades Afetivas
Período expositivo:
9 de março a 2 de junho
Local: Galerias do Palácio das Artes e Cine Humberto Mauro
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537 – Belo Horizonte (MG)
Entrada: Gratuita
Informações para o público: (31) 3236-7400



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