Saúde apresenta ações da pandemia no 19º Seminário de Diamantina

Representantes da SES-MG falaram em evento da UFMG sobre estratégias inovadoras no monitoramento da covid-19 em Minas Gerais

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) participou, nesta sexta-feira (2/9), da mesa redonda “Estratégias inovadoras no monitoramento da pandemia da covid-19 no estado de Minas Gerais: sucesso ou obrigação”. A programação fez parte do 19º Seminário de Diamantina, evento organizado pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Transparência foi o principal ponto apresentado no encontro. Durante a pandemia, foi montada pela SES-MG a Sala de Situação, que acompanhou todo o processo de coleta, apuração e tabulação dos dados relativos à doença. A informação foi usada como a principal ferramenta e insumo para a gestão, o monitoramento e a avaliação em saúde, destacou o coordenador da Sala de Situação, Guilherme Amaral. “A transparência foi de extrema importância para que todos acompanhassem a evolução e os picos da doença, que nos últimos dois anos assustou a todos”, explicou Amaral.

Para a demógrafa Vanessa Ferreira, a SES-MG conseguiu otimizar os processos e as projeções feitas a partir do monitoramento dos dados e passar a ter previsibilidade num cenário de pandemia. “Fomos aprendendo e evoluindo e conseguimos alcançar com muita previsibilidade os picos da doença, que serviam como base para a tomada de decisões”, afirmou Vanessa, que representa a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na Sala de Situação da secretaria estadual.
 

SES-MG / Divulgação

Na sequência, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, destacou as dificuldades iniciais para sensibilizar quem estava na ponta, ou seja, os trabalhadores de saúde nos municípios, da importância do lançamento correto das informações no sistema para que as decisões pudessem ser corretamente tomadas. “Foi uma mudança cultural grande e importante para as políticas públicas de saúde”, disse.

Baccheretti citou ainda que a covid-19 veio como um vírus novo, sobre o qual não havia previsão de como seria. Ele citou o exemplo do rápido crescimento da variante gama, a cepa de Manaus, que trouxe enorme impacto no tratamento da doença no Brasil. Isso demandou rapidez nas decisões de prevenção, principalmente no caso da grande necessidade de oxigênio, como ocorreu na capital amazonense. Para isso foi montada rapidamente a estratégia de incentivar nos hospitais a montagem de uma rede de gases própria. “Hoje estamos mais preparados para eventuais novas cepas ou novos vírus que com certeza aparecerão”, completou o médico.

A mediação da mesa ficou por conta da coordenadora de Pós-Graduação em Demografia da UFMG, Laura Wong.

*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições.



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