Secretaria de Saúde anuncia mudanças no boletim epidemiológico

Número de pessoas recuperadas, casos em acompanhamento e dados laboratoriais serão contemplados no novo formato

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A partir desta quinta-feira (14/5), o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) contempla o número de pessoas recuperadas da covid-19. Além disso, dados relacionados aos laboratórios - como casos negativos, positivos e inconclusos -, resultados liberados e em análises também serão divulgados.

A informação foi dada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, durante coletiva on-line à imprensa nesta quinta-feira. Outra novidade que irá constar no boletim é o número de registros investigados. Os casos anteriormente definidos como “suspeitos” passam a ser registrados como Síndrome Gripal Inespecífica por não preencherem critério para investigação laboratorial. Tanto as vigilâncias sanitárias estaduais e municipais continuarão acompanhando as informações.

Segundo o secretário de Saúde, “o novo boletim tem o objetivo principal de facilitar a análise pela sociedade dos dados relevantes da Saúde neste momento de enfrentamento ao coronavírus”. O secretário ainda disse que a mudança no boletim tem a função de alinhar as informações com o Ministério da Saúde para facilitar a comparação de dados com outros estados.

Ele informou, ainda, sobre os casos recuperados. “Inserimos no boletim os casos que tiveram as curas, com boa evolução superior a 14 dias”. Ele disse ainda que, no hotsite (www.saude.mg.gov.br/coronavirus) da Secretaria de Saúde, uma ferramenta possibilita o detalhamento das informações sobre todos os casos em Minas Gerais.

O objetivo é que, neste momento, a prioridade seja a divulgação de indicadores que traduzam a dinâmica da doença no Estado e, também, o alinhamento das informações com o Ministério da Saúde. Os dados são essenciais para acompanhar a evolução da doença, a curva de casos e para direcionar as ações assistenciais. Todos os indicadores anteriormente divulgados permanecerão, no entanto, sendo monitorados pela SES-MG. Óbitos em investigação e descartados não serão mais abordados no boletim, porque não são necessários para o acompanhamento da evolução da doença.

Casos importados

Com relação ao número de pessoas de fora do estado, internadas em Minas Gerais para tratamento de covid-19, o secretário adjunto da SES, Marcelo Cabral, informou que, em 2020, há o registro de 11 pacientes de São Paulo e nove do Rio de Janeiro. Cabral analisa que, no que se refere a um possível impacto no Sistema de Saúde, esses não são números extremamente significativos.

“O SUS tem princípios e diretrizes que não permite a distinção com relação à origem dos pacientes para internação. Dessa forma, continuaremos monitorando a situação, como fizemos até o momento, tendo como base as evidências científicas, assistenciais e epidemiológicas e sempre destacando que o Sistema de Saúde é único”, explica Marcelo Cabral.

Interiorização

Ao longo da coletiva, o secretário de Saúde abordou a interiorização da epidemia no estado. “De forma geral, as cidades mineiras que têm maior relação com o exterior são as que receberão o vírus primeiro. Como essas cidades também apresentam relação com o interior, ocorre a migração para essas regiões. A população do interior está exposta ao vírus da mesma forma que a população da capital. Por isso, entendemos que o vírus também irá circular no interior, e reforçamos que os cuidados são os mesmos”, alerta Carlo Eduardo Amaral.

Dentre as ações de enfrentamento à covid 19, a SES adotou um Plano de Contingência Estadual e criou um Comitê de Operações de Emergência em Saúde (COES) em cada macrorregião. Esse comitê, por sua vez, criou um plano de contingência regional, “com objetivo de ter uma ideia clara do que cada macrorregião precisará desenvolver em termos de saúde e como o Estado, como nível central, poderá auxiliar cada macrorregião”, afirma Carlos Eduardo Amaral.

As medidas para o enfrentamento ao coronavírus em Minas têm se mostrado efetivas. O Estado tem se preparado, desde o início do surto, para atender a população. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais tem agido preventivamente. Fez, por exemplo, já em fevereiro, licitação para compra de equipamento proteção individual (EPI), criou campanhas informativas e treinou servidores. Outra medida preventiva foi a construção do Hospital de Campanha que deve ser utilizado em caso de colapso da rede estadual de Saúde.



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