Senagri encerra com sucesso de público e troca de conhecimentos sobre insumos agrícolas

Evento nacional reuniu, em Minas Gerais, profissionais e estudantes do Agro de todo o país

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O Seminário Nacional sobre Insumos Agrícolas (Senagri) encerrou ampla e diversa programação nesta quinta-feira (15/6) reunindo, no Minascentro, em Belo Horizonte (MG), mais de 500 profissionais e estudantes do agro de todo o país, discutindo estratégias, ferramentas de controle dos insumos agrícolas e inovações tecnológicas do setor, além de ações estruturantes de controle, regulamentação e fiscalização no Brasil.

Realizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Senagri contou com 12 eixos temáticos e 50 palestras técnicas.

De acordo com o presidente da Comissão Organizadora do evento, gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Nogueira, o balanço do Senagri é positivo e superou as expectativas. “O evento congregou grande número de profissionais, empresários e lideranças do agronegócio brasileiro. Promovido pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Minas Gerais foi palco de amplo debate sobre temas ligados à regulamentação dos insumos agrícolas no Brasil a fim de viabilizar o cumprimento de normas legais em todo o território nacional, de forma harmonizada. Uma ótima e bem-sucedida experiência”, comemora.

Foram realizados simultaneamente o Encontro Nacional sobre Fiscalização de Agrotóxicos - Enfisa, o Encontro Nacional sobre Sementes e Mudas - Enasem e o Encontro Nacional sobre Sanidade Vegetal – Ensave, Fonesa, Câmara de Agronomia do Crea-MG, além de minicursos.

Intercâmbio de ideias

Para Matheus Mazon Fraga, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), o Senagri é importante para a troca de experiências e tentativas de harmonização dos processos entre os estados. “Temos diferentes legislações e formas de trabalhar, porém, o objetivo comum a todos é fazer uma defesa agropecuária forte para trazer resultados eficientes, gerando desenvolvimento sustentável. O estado de Santa Catarina veio com uma perspectiva de aprender muito, e a ideia é levar para lá a construção de ferramentas e desenvolver processos de trabalhos que aumentem nossa produtividade”, disse.

Jeferson Pezzoti, da Associação Brasileira de Defensivos Pós-Patente (Aenda) de São Paulo, comentou que “o evento é excelente e essencial para a troca de informações entre os setores regulados e os órgãos regulamentadores”.

Já Soraia Pinho, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), também de São Paulo, argumentou sobre o alinhamento entre os estados e setor produtivo. “Muito importante o alinhamento entre governos e agroindústrias para conseguirmos melhores ações com foco no bem dos agricultores”, opinou.

Para Danilo Furtado, da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), o evento é interessante para a economia do Brasil e ainda fortalece a fiscalização. “Essencial para o desenvolvimento de nossas atividades. Uma ótima iniciativa para todos os estados envolvidos”, destacou.

Palestras e minicursos 

Dentre os temas, foram discutidos os adubos e fertilizantes, sustentabilidade agrícola, bioinsumos, máquinas e equipamentos, associativismo, cooperativismo, ensino, pesquisa, crédito e extensão rural, agrotóxicos e inovação digital na agricultura.

Também fizeram parte da programação palestras e painéis técnicos que contaram com a participação de renomados professores, pesquisadores e diversos profissionais de prestigiadas universidades como UFLA, UFV, USP, Unesp e Esalq.

A gerente de Defesa de Sanidade Vegetal da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Daniela Rézio, a palestra sobre a atualização das pragas quarentenárias foi uma ótima iniciativa. “Estamos discutindo sobre as pragas quarentenárias e modernizando esse tema para definir quais são realmente aquelas pragas de importância econômica para o país. Vários órgãos de defesa, entidades de pesquisa e iniciativa privada discutem a importância do controle oficial destas pragas”, disse.

Sabrina Gomes, representante da Lallemand, de Patos de Minas, destacou a palestra sobre bioinsumos. “Nós, como inciativa privada, termos a oportunidade de estar em um evento como este com grandes representantes do setor de todo o Brasil é muito importante para o networking, pois conseguimos tirar dúvidas e informações de forma rápida sobre as legislações. Destaco a palestra sobre os bioinsumos e agrotóxicos, pois trabalhamos com produtos biológicos a base de microorganismos”, observou.   

Julio Britto, consultor de agronegócio de Brasília (DF), disse “que é sempre importante elevar o nível de discussão entre os governos e a iniciativa privada, fortalecendo as parcerias de todos os elos da cadeia produtiva, com foco no benefício para o agricultor brasileiro”. 

Claudio Oliveira, do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, (Sindag), do Rio Grande do Sul, elencou como pilares fundamentais para qualquer setor no Brasil, a qualificação e a articulação. “Por meio de palestras, é possível construir o conhecimento, estimulando a articulação nacional, que é extremamente importante para fazer do agronegócio uma potência mundial”, analisou. 

Fonesa

Dentro da programação do Senagri foi realizada mais uma edição do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa). Estiveram presentes dirigentes dos órgãos de defesa agropecuária de todo o país e autoridades do setor. O evento contou com palestras que discutiram as medidas de contenção e vigilância da gripe aviária, entre outros temas.

O diretor técnico do IMA, Guilherme Negro, disse que foram tratadas pautas importantes relacionadas à defesa sanitária em nível nacional, destacando as principais políticas públicas do setor em todo o brasil, bem como os gargalos e desafios. “Uma oportunidade para reunir as lideranças dos estados e discutir principalmente sobre as ações voltadas ao combate e prevenção da gripe aviária, além do plano estratégico de retirada da febre aftosa e atualização da legislação da raiva em bovinos”, sinalizou.  



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