Todas as macrorregiões do estado podem contar com a implantação do Samu regional ainda em 2022 

O SAMU Regional já está em fase final de implantação nas duas últimas macrorregiões do estado, Centro e Triângulo Sul. Atualmente, 12 das 14 macrorregiões de Minas já contam com o serviço regionalizado 

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O Secretário de Saúde, médico Fábio Baccheretti, participou nessa quinta-feira (6/10), do 1º Congresso de Atendimento Pré-Hospitalar da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), na sede da Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Ao falar sobre a estruturação da Rede de Urgências e Emergências (RUE) em Minas Gerais, o secretário reforçou a importância da regionalização e integração do atendimento de urgência e emergência. 

“A Rede de Urgência e Emergência é fundamental para que o atendimento pré-hospitalar, realizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu 192) e Bombeiros, possa ser efetivo. A organização da RUE possibilita que o Samu e os Bombeiros, ao realizarem os atendimentos, possam levar os pacientes aos locais corretos, de acordo com o agravo, e no menor tempo possível. Nestes tipos de atendimentos não se pode perder tempo. A nossa busca é casar a ampliação do serviço com a qualificação do atendimento, levando para o lugar certo que irá fazer a diferença e salvar vidas”, explica. 

Ainda, segundo o Fábio Baccheretti, a regionalização do Samu 192 busca reduzir ainda mais o tempo de resposta às emergências nas regiões e o processo de implantação em todo o estado já está em fase final. 

“Em 2019, tínhamos oito territórios do Estado que contavam com o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu 192) Regionalizado. Atualmente, a expansão do serviço já chega em todo Estado, previsão para acontecer ainda em 2022. Além disso, também, com a expansão do Suporte Aéreo Avançado de Minas Gerais (SAAV-MG), com a aquisição de 3 novas aeronaves, vamos conseguir prestar um serviço de alta qualidade para os mineiros. O papel do Estado é fortalecer essa rede para que o atendimento seja realizado de forma correta, no lugar correto, no menor tempo possível e, assim, salvar vidas”, complementa. 

Atualmente, o serviço regional está implantado em 12 macrorregiões de Saúde e as duas últimas regiões, Triângulo do Sul e Centro, já estão em fase final de implantação. A previsão é de que até dezembro de 2022 já estejam implantadas. Anualmente, a SES-MG repassa mais de R$ 184 milhões para o custeio dos serviços, 49,34% a mais do que o valor repassado em 2018. 

Rede de Urgência e Emergência - RUE 

A RUE busca reordenar a atenção à Saúde em situações de urgência e emergência de forma coordenada entre os diferentes pontos de atenção que a compõe, de forma a organizar a assistência, definindo fluxos e as referências adequadas. Os serviços de Urgência e Emergência funcionam 24h por dia, para atendimento das condições agudas ou crônicas agudizadas; sendo elas de natureza clínica, cirúrgica, traumatológica e entre outras. 

A RUE em Minas inclui a Unidade Básica de Saúde (porta de entrada do SUS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), a Central de Regulação, o Samu 192, Pontos de Atenção Hospitalar (Hospitais) e os Serviços de Atenção Domiciliar (SAD). São 275 instituições hospitalares de Urgência e Emergência que recebem recursos no módulo Valor em Saúde do Estado, totalizando um montante anual de mais de R$ 687 milhões. 

De acordo com a superintendente de Redes de Atenção à Saúde da SES-MG, Amanda Guias Santos Silva, a RUE é a articulação de pontos de atenção que buscam oferecer ao cidadão serviços integrais no cuidado das urgências, sejam elas mais graves ou moderadas. 

“Não adianta termos um serviço pré-hospitalar forte se não temos para quais referências hospitalares eles irão levar o paciente. Em Minas, essa é a nossa premissa, termos os componentes da Rede funcionando de forma integrada, articulada e sinérgica, sendo indispensável a implementação da qualificação profissional, da informação, do processo de acolhimento e da regulação de acesso a todos os componentes que a Rede constitui”, explica. 

Para a Superintendente, a promoção e prevenção, também, é fundamental para se ter uma Rede articulada. “Um sistema de saúde fragmentado gera uma pressão sobre as portas hospitalares, sobre os profissionais que atuam na urgência e emergência, gera uma ineficiência do serviço e, consequentemente, uma desarticulação da rede de serviços”, explica. 

Tomógrafos 

Entre as estratégias de fortalecimento da Rede, a diretora de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da SES-MG, Cristiane Barbosa Marques, destacou a importância do repasse financeiro, por parte do Governo do Estado, para a modernização de equipamentos de imagens, e fortalecimento das ações assistenciais no âmbito hospitalar.   

“Durante a pandemia da covid-19 notamos uma fragilidade em alguns hospitais que não tinham acesso a exames diagnósticos de imagem. Fizemos uma Deliberação disponibilizando recursos para a aquisição de Tomógrafos e modernização desse parque hospitalar de Minas.  O objetivo é suprir os vazios assistenciais dos serviços de tomografia e ampliar o acesso aos exames de imagem, necessários para o suporte dos pacientes no hospital. Foram contemplados 80 municípios e 100 instituições. Cada beneficiário que se enquadrava nos critérios da Deliberação, recebeu R$ 1.540.261,00 para aquisição do equipamento”, finaliza. 



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