Trajeto Moda, projeto da Sedese de empoderamento feminino, chegará a 35 municípios em 2023

Iniciativa capacita mulheres com cursos para gerar emprego e renda na área

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Sedese / Divulgação

O Trajeto Moda foi apresentado no maior salão de negócios de moda da América Latina, o Minas Trend, realizado entre os dias 2 a 4/11. O projeto foi destaque no painel Mostra Criativa - Talks, fechando a programação do evento. A iniciativa foi ampliada e, a partir de fevereiro do ano que vem, deve chegar a 35 municípios.

O projeto capacita mulheres que vivem na linha da pobreza, em situação de vulnerabilidade social, com cursos em corte e costura, cidadania, direitos humanos, liderança, associativismo, empreendedorismo e manutenção de máquinas para seus familiares. O objetivo é gerar emprego e renda por meio do segundo setor que mais emprega no país.

Desenvolvido em parceria com empresários e profissionais do mercado da moda, em 2021 foi realizado um projeto piloto em Belo Horizonte, com a participação de dez mulheres do Aglomerado da Serra e sete representantes regionais que ajudaram na adaptação do formato para ser aplicado no interior do estado, com foco no Norte de Minas (Vale do Mucuri e Jequitinhonha).

Durante o evento, a coordenadora do Trajeto Moda, Wanessa Cabidelli, apresentou os resultados do projeto e a repercussão de sucesso.

“O projeto visa a qualificação para o mercado, com geração de empregabilidade e desenvolvimento de células produtivas nos locais com maior concentração de mulheres que sofrem violência doméstica, mães solos, mulheres 60+ ou que vivem em insegurança alimentar. Inicialmente, trabalharemos nos municípios com menor IDH de Minas e estamos desenvolvendo parcerias com prefeituras e empresas locais para atrair a indústria da moda com intuito de absorver a mão-de-obra gerada”.

Também participaram da roda de conversa a coordenadora de Políticas para Mulheres, Maíra Cristina Corrêa Fernandes, e o diretor do Observatório de Desenvolvimento Social, Wesley Matheus Oliveira.

Maíra destacou o papel da rede de proteção à mulher e como o projeto veio para suprir uma necessidade de inserção no mercado de trabalho. “A gente construiu juntos com a rede de proteção os critérios para indicar as mulheres para o projeto, porque são mulheres que precisam de uma política de empregabilidade e isso veio por meio do Trajeto Moda”.

Wesley Matheus ressaltou a atualidade do projeto ao investir em um setor resiliente aos desafios do mercado de trabalho, cada vez mais digitalizado. “A moda se revela como uma porta de entrada interessante para a gente pensar esse desenvolvimento social a médio e longo prazo em Minas.  O Trajeto Moda aposta nessa possibilidade. E a gente pretende escalonar isso.”

Expansão do projeto

Após o êxito do piloto em 2021, o Trajeto Moda passou por uma reformulação no desenvolvimento estratégico para interiorização do projeto, sendo promovido numa parceria inédita entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), as prefeituras e as empresas do setor da moda.

Para 2023 está previsto o início das atividade do Trajeto Moda em 35 municípios, sendo 16 com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): Ataléia, Bonito de Minas, Caraí, Crisólita, Catuji, Frei Gaspar, Novo Cruzeiro, Ouro Verde de Minas, Coluna, Frei Lagonegro, Rio Vermelho, Felisburgo, Mata Verde, Joaíma, Varzelândia e Rubelita) e 19 cidades potencias, sendo elas: Carlos Chagas, Governador Valadares, Diamantina, Couto Magalhães, Serro, Almenara, Guaraciama, Pedras Maria da Cruz, Capitão Enéas, Monte Azul, Buritizeiro, Francisco Sá, Salinas, Taiobeiras, Igarapé, Uberaba, Ribeirão das Neves, Muriaé e o projeto piloto Belo Horizonte.



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