Jovens do Socioeducativo de Divinópolis são certificados pelo sindicato de alfaiates e costureiras

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Sejusp / Divulgação

Foram 120 horas-aula em um curso de costura e manutenção dos vários tipos de máquinas utilizadas na fabricação de roupas. A formação profissional permitiu a oito jovens do Centro Socioeducativo de Divinópolis, no Centro-Oeste do estado, adquirir conhecimentos para trabalhar no ramo de confecção. A excelência do ensino foi reconhecida e os alunos foram certificados, nesta sexta-feira (3/7), pelo Sindicato dos Alfaiates, Costureiras e Trabalhadores nas Indústrias de Confecção de Divinópolis e Região (Soac).

As aulas foram ministradas em maio e, durante o curso, os jovens já começaram a confeccionar máscaras laváveis para auxiliar no combate à covid-19. Inicialmente, produziam cerca de 80 máscaras por dia; hoje, são cerca de 300 peças, o que em cinco dias de trabalho representa total de 1,5 mil máscaras por semana. Nos primeiros dias de produção elas foram destinadas aos servidores da própria unidade e, posteriormente, encaminhadas para outras unidades socioeducativas.

O presidente do Soac, Máximo Vieira dos Santos, visitou a oficina de costura do Centro Socioeducativo e constatou a habilidade dos jovens e seus conhecimentos de costura. “A estrutura do local é muito boa. Eles têm ótimas condições de profissionalização. Estão preparados para atuar em qualquer ramo da indústria da confecção”, avalia o presidente, que trabalha no setor há 37 anos.

O município de Divinópolis é conhecido por ser um polo da indústria de confecção. Por essa razão, são grandes as possibilidades de se conseguir emprego para quem tem experiência e capacitação profissional.

Oportunidade

Para o diretor-geral do Centro Socioeducativo de Divinópolis, Glaubert Iran Guimarães, a experiência dos adolescentes na oficina de costura pode significar uma oportunidade. “Acredito na mudança do ser humano. É melhor uma mão estendida - procuramos sempre fazer isto - do que um dedo apontado”, destaca o diretor.

Glaubert Guimarães explica ainda que a produção de máscaras não tem o objetivo de produção em larga escala. “Todas as atividades oferecidas aos jovens têm um caráter pedagógico. O importante é propiciar transformações”, ressalta.

Oficina

O local dispõe de nove máquinas, sendo três de cada tipo: overloque, galoneira e costura reta. Quem iniciou os alunos nas técnicas de costura foi a agente socioeducativa Adriane Elias da Fonseca. Já a manutenção das máquinas foi ensinada pelo agente socioeducativo Thiago Augusto Correa.

Um dos jovens do CSE Divinópolis, Isaac Santos*, de 17 anos, considera a formação uma ótima oportunidade de garantir uma futura vaga no mercado de trabalho. “Gostei muito do curso, especialmente das aulas de manutenção de máquinas. Homens também podem trabalhar com costura e estamos mostrando nossas capacidades, aqui na oficina”, diz.

*O nome é fictício para preservar o jovem, segundo indicação do Estatuto da Criança e do Adolescente.