Venda on-line substitui comércio em feiras

  • ícone de compartilhamento

Desde que as edições da Mostra da Agricultura Familiar em Belo Horizonte foram suspensas em atenção às medidas de prevenção à covid-19, o comércio on-line tem sido alternativa para escoar a produção do campo.

Ao todo, haveria 12 edições do evento, fruto de parceria entre a Emater-MG e a prefeitura.  As feiras dos meses de abril, maio e junho já estão suspensas e ainda não há prazo definido para o retorno da atividade.

Com isso, 23 dos 40 produtores de municípios da RMBH que atuam no espaço têm recebido pedidos via redes sociais (Whatsapp, Facebook e Instagram), com entrega direta na casa do consumidor.

A Emater mobilizou os produtores e divulgou os contatos para a rede de consumidores que buscam referência sobre a qualidade dos produtos e a garantia da entrega. "Também orientamos sobre as questões sanitárias e de prevenção ao coronavírus”, diz o gerente da unidade regional da Emater-MG em Belo Horizonte, Vitório Freitas.

Adaptação

Armando Aparecido Alves Ferreira, do município de Betim, é um dos produtores que optaram pela venda on-line. Ele produz doces artesanais e tradicionais como pé de moleque, cocada e goiabada.

O destino da produção é BH, principalmente as feiras organizadas pela Emater-MG – empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e prefeitura.

 “A gente começou o ano com uma expectativa enorme. Entre elas as feiras realizadas pela Emater em Belo Horizonte. Na última, em março, nós chegamos com 3 mil pedaços de doces e três horas da tarde não tinha mais nada”, contou o produtor. No entanto, a chegada da pandemia e o protocolo de distanciamento social que resultou na suspensão das mostras atrapalharam os negócios.

A alternativa veio com o apoio da Emater e Armando Ferreira se adaptou à venda on-line pelo Facebook, WhatsApp e, principalmente, Instagram. Além da divulgação e orientações da empresa, ele conta com a solidariedade de outros produtores que indicam os seus produtos aos consumidores. Ação que ele retribui fazendo o mesmo. “Se não fosse isso, a gente não estava vendendo nada. Daqui pra frente, o que vai prevalecer é isso. Não vejo perspectiva de tão logo voltar à normalidade”, diz.

O consumidor também aderiu às compras on-line ou por telefone. Exemplo vem de Márcia Vanize de Almeira Fonseca, que reside no centro e comprou alimentos de produtores do município de Mateus Leme, na região Central. “Eu comprei por WhatsApp, mandei uma lista. Os produtos são muito bons. É ótimo pra gente não sair de casa neste momento”, disse, satisfeita com a nova alternativa.

Para acessar a rede de produtores, acesse o site da Emater, disponível também aqui