Governadores de dez estados brasileiros debatem impactos que o tarifaço imposto pelos EUA pode gerar na economia do Brasil
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se reuniu nesta quinta-feira (7/8), em Brasília, com outros governadores para discutir os impactos que a tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos irá causar nos setores produtivos do Brasil. Na oportunidade, eles debateram as causas da crise que atinge a economia brasileira e os caminhos que o país deve seguir.
Além de Zema, participaram do encontro os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas; do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; do Paraná, Ratinho Júnior; de Santa Catarina, Jorginho Mello; de Goiás, Ronaldo Caiado; de Mato Grosso, Mauro Mendes; do Amazonas, Wilson Miranda Lima; do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite — este último de forma virtual.
Ao fim do encontro, o governador de Minas comentou as propostas apresentadas pelo grupo.
“Queremos que o governo federal negocie com os Estados Unidos, no sentido de reaproximar o Brasil do seu segundo maior cliente. Caso contrário, que delegue esta competência ao Congresso Nacional para que o país não fique parado, perdendo empregos e a situação econômica continue piorando” disse o mineiro.
Medidas anunciadas em Minas
Na última quarta-feira (30/7), o governador Romeu Zema se reuniu com empresários, incluindo lideranças comerciais, para discutir o tarifaço e anunciar medidas em resposta aos possíveis impactos na economia mineira.
A primeira ação anunciada foi a monetização do crédito de ICMS acumulado pelas empresas. O total de créditos será de R$ 100 milhões por ano. O acesso será simplificado, de forma a agilizar o socorro aos exportadores afetados pelo tarifaço.
A segunda medida é uma linha de crédito do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) de R$ 200 milhões, com juros reduzidos, pagamento em até 60 meses e carência de 12 meses.