Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e exército de Israel ressaltam trabalho integrado em Brumadinho

Tropa israelense está ajudando as Forças de Segurança do Estado no resgate às vítimas do rompimento da barragem da Vale

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Balanço positivo da troca de experiências operacionais e tecnológicas foi apresentado nesta terça (29/1)
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O trabalho do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais integrado à atuação dos militares de Israel nos salvamentos das vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, na última sexta-feira (25/1), mostrou resultados importantes logo nas primeiras 24 horas de cooperação entre as corporações dos dois países.

Nesta terça-feira (29/1), o chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Erlon Dias do Nascimento Botelho, apresentou um balanço positivo da troca de experiências operacionais e tecnológicas entre os mineiros e os israelenses. Entre elas está o resgate de corpos, realizado nesta terça-feira, dentro de um ônibus encontrado debaixo da lama que inundou pontos da cidade.

“O planejamento foi desencadeado em uma faixa de risco muito importante. As buscas estão sendo realizadas em conjunto e com utilização de equipamentos para verificação e escavação. É uma missão de integração, que foi planejada, praticamente, em 12 horas, mas que foi bem estabelecida. Foram observados mapas do local e pontos específicos. Já temos resultado dessa operação conjunta. A missão de Israel e nossos bombeiros já fizeram a localização de alguns corpos”, afirmou o coronel.

“O que a gente tem percebido, e eu estive em campo para observar isso, é que está tendo uma troca de experiência operacional e de tecnologias muito importante”, concluiu Botelho. 

O comandante da delegação de Israel e que atua em resgates de alta complexidade em seu país, coronel Golan Vach, endossou a efetividade do trabalho em conjunto. 

“Estamos trabalhando lado a lado com os profissionais dos bombeiros. Achamos amigos e temos muita experiência para compartilhar. Nos últimos dois dias, dividimos momentos difíceis, agora, infelizmente, achamos vários corpos. O trabalho é muito complicado, a lama está instável. É muito difícil de detectar e achar o que está debaixo do solo. Trouxemos conosco as melhores tecnologias e técnicas que temos, as operamos e ativamos”, disse o comandante israelense.

Ele lembrou alguns dos recursos utilizados nas buscas, como drones, equipamentos de visibilidade e radares de água e sólidos. Observou, também, que os homens treinados e experientes das corporações são o “mais importante equipamento”.

O embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, pontuou, ainda, que Brasil e Israel são países com relações próximas e de amizade. “Israel tem um grande débito com o Brasil. Quando fomos perseguidos por uma inquisição, escapamos para o Brasil, que nos recebeu com carinho. Depois do Holocausto também. A porta do Brasil sempre esteve aberta para nós, por isso, sempre temos um débito com Brasil. Quando tiver um problema, o governo sempre vai atuar junto”, afirmou.

 



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