Estado discute Redes de Atenção à Saúde em simpósio

Evento contou com apresentação de projetos estratégicos e alinhamento de políticas públicas

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Nesta terça-feira (3/3), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou um simpósio sobre Redes de Atenção à Saúde, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

O evento, feito em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), apresentou e discutiu projetos estratégicos da SES-MG e buscou alinhamento teórico para a condução das políticas de Saúde. 
Participaram do simpósio representantes do Conass e ESP-MG, subsecretários, superintendentes e diretores de diferentes áreas da secretaria, além do professor e consultor do Conass, Eugênio Vilaça Mendes.

Diálogo e planejamento

De acordo com o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, levar atendimento de qualidade às diferentes regiões de Minas Gerais requer diálogo e um intenso planejamento. “O processo de revisão e planejamento de políticas públicas faz com que evitemos lacunas e buracos assistenciais. Por meio do programa Saúde em Rede, por exemplo, percebemos questões que antes não eram levadas em consideração”, afirma. 

Já para o secretário executivo do Conass, Jurandi Frutuoso Silva, os desafios relacionados à Saúde são recorrentes, o que requer programas capazes de preencher vazios e reestruturar o atendimento prestado à população. “É fundamental esse movimento de discutirmos os assuntos propostos, incluindo a expansão do programa Saúde em Rede e a reestruturação das políticas hospitalares”, disse.

Programa

O programa Saúde em Rede, cujo objetivo é organizar as redes de atenção à Saúde desde a atenção primária, seguindo pela atenção especializada e hospitalar, foi um dos pontos de foco do simpósio. 

A SES ressaltou que a etapa piloto do programa, viabilizado por meio de um processo de educação permanente que envolve profissionais das Unidades Regionais de Saúde e municípios, está sendo desenvolvida em 29 cidades da macrorregião Jequitinhonha, gerando impacto em 298 mil habitantes. 

Metas 

A meta para 2020 é expandir o projeto para mais 19 microrregiões de Saúde, atingindo 142 municípios e uma população estimada de 2,4 milhões de mineiros. As ações educacionais propostas pelo projeto em sua primeira onda de expansão serão realizadas em parceria com a ESP-MG, que desenvolverá o processo formativo de profissionais das Unidades Regionais de Saúde e dos municípios. 

A diretora-geral da ESP-MG, Lenira de Araújo Maia, apontou os desafios da expansão do projeto, que pretende chegar a todos os municípios mineiros nos próximos dois anos. “Pensamos quais seriam as possibilidades para que o Saúde em Rede chegue a mais municípios. Entre os aspectos considerados está o uso de estratégias educativas de larga escala e um alinhamento conceitual para todos os trabalhadores por meio da educação à distância”, explica.

Durante a execução do projeto deverão ser formados 156 profissionais das Unidades Regionais de Saúde, 1.814 tutores municipais e 168 mil trabalhadores do SUS. Além da parceria com a ESP-MG, o Saúde em Rede conta com o apoio do Conass e do Hospital Israelita Albert Einstein.

Atenção hospitalar

A nova política de atenção hospitalar de Minas Gerais também foi tema do simpósio. Os participantes analisaram a distribuição geográfica dos prestadores de serviço no estado e a alocação de recursos. A rede de vigilância às condições crônicas transmissíveis do SUS também foi apresentada, incluindo os problemas encontrados pela atual gestão a exemplo de agravos sem vigilância adequada e ou as chamadas “doenças negligenciadas”. 

Outro tema em debate foi a instituição do Centro Mineiro de Controle de Doenças e Pesquisa de Vigilância em Saúde (CMC), cujo objetivo será viabilizar uma política e estrutura efetiva de vigilância para o controle continuado de doenças infecciosas, sazonais, emergentes, reemergentes e importadas. Haverá oferta de serviços de diagnóstico e recuperação de saúde, bem como atuação em prol da prevenção dos fatores de risco associados a diferentes agravos. 
 



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