Estado reformula EJA e amplia oportunidades para alunos

Período para conclusão de estudos será mais curto e jovens e adultos terão prioridade nos cursos de capacitação profissional

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Carlos Eduardo de Oliveira Lima tem 18 anos e encontrou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a oportunidade de concluir os estudos em um período mais curto. “Tinha muitas faltas e acabei tendo que repetir o ano. Na minha escola me apresentaram a possibilidade de concluir os estudos no período correto e eu abracei a ideia”, conta o aluno do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Firmino Costa, em Lavras, Sul de Minas.

É pensando em histórias como a de Carlos Eduardo, e na de muitos jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir os estudos no tempo certo, que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está aprimorando a EJA, modalidade disponibilizada na rede pública estadual de ensino em que o aluno conclui o ensino fundamental em dois anos e o ensino médio em um ano e meio.

A remodelação já ocorre no próximo ano.

“Estamos chamando de ‘EJA Novos Rumos’ porque queremos apresentar mais possibilidades para estes estudantes. As modificações que estamos fazendo é para atender melhor às necessidades e realidades desses jovens e adultos”, ressalta a superintendente de Políticas Pedagógicas da SEE/MG, Esther Augusta Nunes Barbosa.

Atualmente, a rede pública estadual de ensino conta com cerca de 150 mil alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos, em 1.443 escolas.

Para ingressar no ensino fundamental do EJA é necessário ter 15 anos e, para o ensino médio, 18 anos.

Mudanças

A SEE/MG tem divulgado as mudanças no EJA por meio de discussões com as Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e escolas. “A equipe está inteiramente voltada para discutir essa política. Há muito tempo não tínhamos esse cuidado especial com a EJA. Até o final do ano, teremos um documento pedagógico que trará diretrizes para os professores trabalharem em sala de aula. A ideia é que o docente possa desenvolver metodologias que valorizem a experiência de vida do aluno”, ressalta a superintendente.

Para auxiliar o professor nesse trabalho, serão oferecidas, no próximo ano, formações pela Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, unidade vinculada à SEE/MG.  Além disso, os estudantes também serão estimulados a criar um projeto de vida.

A SEE/MG implementará, ainda, ações para facilitar a abertura de turmas da EJA. “A mudança veio a partir da provocação das equipes regionais no grupo de trabalho da EJA. Existem muitos locais que não conseguiam apresentar a demanda mínima de alunos para formar uma turma e sabemos da importância dessa política. Por isso, a partir do próximo ano, vamos reduzir o quantitativo mínimo de 35 para 20 estudantes”, conclui Esther Augusta.

Educação e trabalho

Estudantes da EJA também terão prioridade na participação em cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) da SEE/MG, cujo conteúdo tem finalidade de capacitar, aperfeiçoar e atualizar o estudante que deseja entrar ou retornar ao trabalho de maneira rápida e eficiente



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