O Governo de Minas, por meio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), participou, nesta quarta-feira (29/1), de uma reunião para expandir a irrigação no Noroeste Mineiro com a outorga do direito de uso da água da Bacia do Rio São Marcos. A medida, que vai beneficiar outras localidades, como Goiás e Distrito Federal, vai proporcionar 200 mil hectares de área a ser irrigada até 2041, garantindo segurança hídrica e social, com o desenvolvimento agrícola na região.

O encontro discutiu estratégias para otimizar o uso da água e da energia na irrigação. Entre os temas, destacou-se a flexibilização dos horários de irrigação previstos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para fortalecer a sinergia entre os setores elétrico e agrícola. Também foram debatidos o levantamento das demandas energéticas dos polos de irrigação e o planejamento das concessionárias de energia.

“Os órgãos gestores das quatro unidades da federação envolvidas e os usuários fizeram o alinhamento institucional e definiram estratégias para os próximos passos com vistas à implementação do marco regulatório do São Marcos e ampliar a capacidade de irrigação no território”, explicou o diretor-geral do Igam, Marcelo da Fonseca.

Além do Igam, participaram do debate o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR); a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO); a Agência Reguladora de Águas do Distrito Federal (Adasa); o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Marcos; além de associações do setor agrícola.

Para a diretoria de irrigação do MIDR, Larissa Rego, as tratativas atendem um pleito antigo dos irrigantes da região do Centro-Oeste para o MIDR. “Atendendo à orientação do ministro Waldez Goes, o MIDR está empenhado para concretizar a essência da Política Nacional de Irrigação, ampliar a área irrigada e impulsionar o desenvolvimento regional”, destacou.

Ao término da reunião, foi instituído um grupo de trabalho com o objetivo de aprimorar a eficiência da irrigação na região, garantindo um uso mais sustentável dos recursos hídricos e energéticos.