Governo de Minas investe R$ 22,5 milhões no setor cultural por meio do Fundo Estadual de Cultura
Cultura e patrimônio mineiro fortalecidos com políticas públicas de descentralização e fomento direto
O Governo de Minas Gerais vai investir R$ 22,5 milhões no setor cultural, por meio dos editais do Fundo Estadual de Cultura (FEC), com inscrições abertas a partir desta segunda-feira (21/7).
A ação é realizada pelas secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), da Fundação Clóvis Salgado (FCS) e da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), vinculada à Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom).
São 13 editais que contemplam diferentes linguagens, territórios e expressões culturais do estado. As inscrições serão realizadas exclusivamente pela Plataforma Digital de Fomento e Incentivo à Cultura com encerramento em 11/8. A ação integra a política descentralizadora do Governo de Minas, prevista na Lei Descentra Cultura.
Reconhecimento da cultura afro-mineira
O Saberes Gerais valoriza a cultura popular e tradicional mineira, premiando mestres e mestras pelas trajetórias e contribuições significativas ao desenvolvimento artístico e cultural do estado.
O edital vai premiar artesãos e artesãs; mestres e mestras das culturas, saberes, fazeres e ofícios populares e tradicionais; artistas circenses, da arte contemporânea, das cantorias e música popular; da cozinha e gastronomia mineiras; detentores de saberes de ofícios de cura, entre outras tradições populares que tenham papel relevante de contribuição ao desenvolvimento artístico ou cultural de Minas Gerais.
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"Estamos falando de reconhecer a oralidade, o saber tradicional, as raízes mais profundas da mineiridade. Saberes Gerais é o nosso compromisso com quem constrói cultura todos os dias, com as mãos, a fé e a memória", afirma o secretário da Secult-MG, Leônidas de Oliveira. |
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No mesmo escopo, também serão lançados os editais Afromineiridades, que contemplam 49 grupos culturais ligados ao congado, folias, capoeira, quilombos, terreiros e o Rainha Conga, voltado exclusivamente às mulheres que são mestras e guardiãs dass tradições.
Patrimônio como vetor de identidade e turismo
Já o edital Restaura Minas investe diretamente na preservação do patrimônio cultural mineiro, abrangendo obras de restauro, reparos, adaptações e manutenções de bens tombados ou inventariados. O edital é voltado exclusivamente para municípios e entidades públicas municipais, diretas e indiretas.
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"É mais que preservação, é sobre futuro. Ao restaurar igrejas, casarões, arquivos e museus, garantimos que a história mineira continue viva como patrimônio e ativo turístico", destaca João Martins, presidente do Iepha-MG. |
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Fomento ao audiovisual
Também integra o pacote o edital Circula Minas Audiovisual, que apoiará a difusão de obras audiovisuais mineiras em mostras, festivais e eventos no Brasil e no exterior.
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"Todas as propostas deverão ser de realizadores mineiros. Criamos critérios de avaliação que consideram a diversidade e o equilíbrio territorial. Obras de municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), dirigidas por negros, indígenas, mulheres, pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+ e idosos terão pontuação adicional. É uma política afirmativa de inclusão", explica o presidente da EMC, Gustavo Mendicino. |
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