Governo de Minas lança campanha de combate ao Aedes aegypti

Peças reforçam a necessidade de fiscalizar focos do mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika

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SES-MG / Divulgação

O Governo de Minas Gerais lançou nesta semana uma campanha de comunicação para conscientizar a população sobre os cuidados no combate aos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika.

Com um conteúdo descontraído, o governo produziu vídeo, jingle e materiais gráficos para publicação em outdoors, ônibus, redes sociais e na internet. A ideia é fixar a mensagem na memória da população de maneira leve, com muitas cores nos materiais visuais, jingle embalado por funk e dançarinos de street dance no vídeo.

A veiculação da campanha “Tchau, Dengue, Tchau” vem justamente no momento em que é previsto um aumento da proliferação do mosquito, já que o período de chuvas e as altas temperaturas levam ao acúmulo de água parada, foco do Aedes aegypti.

Em 2022, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) registrou até o momento 88.050 casos prováveis de dengue, com 63 óbitos confirmados e outros 18 sendo investigados. O estado contabilizou 7.434 casos prováveis da febre chikungunya e 46 do vírus zika, sem qualquer morte decorrente das duas doenças este ano.

Sintomas

A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância nas Américas, onde estima-se que 500 milhões de pessoas estejam sob o risco de contrair a doença, que pode variar desde formas assintomáticas até a casos graves e fatais. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, prostração, diarreia, dores musculares e manchas vermelhas pelo corpo que podem ser acompanhadas por coceira. Pessoas de todas as idades são igualmente suscetíveis, no entanto, os idosos apresentam o maior risco de desenvolver quadros graves da doença, e outras complicações que podem levar a óbito.

A chikungunya pode apresentar um perfil de infecção crônica nos indivíduos infectados, limitante em muitos casos, causando distanciamento do trabalho e das atividades de rotina, devido principalmente a dores intensas nas articulações. Alguns pacientes podem apresentar casos atípicos e graves da doença, que podem evoluir para óbito, com ou sem outras doenças associadas.

Já o vírus da zika, que começou a circular no Brasil em 2015, pode provocar manchas vermelhas no corpo com coceira, febre de até 38.5ºC, dor de cabeça, dor nas articulações, vermelhidão nos olhos e cansaço. Uma parcela significativa dos infectados, no entanto, não apresenta nenhum sintoma. A atenção deve ser redobrada em pacientes gestantes, pelo fato de haver risco de transmissão para o feto. A infecção pode causar malformação do feto, como a microcefalia, e até mesmo levar ao aborto.
 



Combate ao vetor

O Aedes aegypti deposita seus ovos nas paredes dos recipientes com água parada. Quando eles se enchem de água, os ovos eclodem e geram as larvas, que se transformam em pupas e depois mosquitos. A população precisa, então, verificar o seu domicílio, eliminando os possíveis focos e interrompendo, assim, a transmissão dessas doenças.

Alguns locais merecem atenção redobrada, pois são denominados macrocriadores, uma vez que constituem grandes reservatórios que podem ser fonte de procriação em larga escala do Aedes. Por exemplo, piscinas não tratadas, geralmente sem utilização; caixas d’água destampadas; reservatórios no nível do solo, em que as pessoas acumulam águas das chuvas para molhar plantas, lavar quintal. Locais que têm dificuldade de acesso à água encanada também requerem atenção, uma vez que as pessoas costumam reservar água para consumo. Também é importante prestar atenção ao lixo domiciliar.

Saiba mais em www.saude.mg.gov.br/aedes.



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