Governo de Minas trabalha por reabertura do mercado chinês para frango brasileiro após caso de gripe aviária

Chefe do Executivo estadual mostrou a autoridades chinesas o compromisso do Estado com a fiscalização e a segurança sanitária das produções

imagem de destaque
  • ícone de compartilhamento

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se reuniu nesta segunda-feira (16/6), em Pequim, na China, com o vice-ministro de Comércio Exterior chinês, Li Chenggang. Um dos assuntos abordados no encontro foi a possibilidade de suspensão parcial dos embargos à carne de frango brasileira, após a identificação de um caso de gripe aviária, em uma ave de granja no Rio Grande do Sul.

A detecção do vírus H5N1 em uma de granja, ocorrida há algumas semanas, levou diversos países, incluindo a China, a impor restrições à importação de produtos avícolas do Brasil. Embora o caso tenha ocorrido de forma isolada, o temor de contaminação levou a medidas preventivas por parte de parceiros comerciais.

Durante a reunião, o governador Zema apresentou dados para comprovar a segurança da carne de frango brasileira, em especial a mineira, enfatizando que o caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul impactou minimamente a produção comercial e que todas as medidas de biossegurança estão sendo rigorosamente aplicadas.

“Essa ocorrência em aves ornamentais em Minas não compromete a cadeia produtiva de forma abrangente, e o estado segue o compromisso com os padrões sanitários internacionais. Nós estamos sempre de portas abertas para entregar alimento da melhor qualidade para os brasileiros, chineses e todos que consomem das nossas produções”, disse.

A China é um dos maiores importadores de carne de frango do Brasil, e a manutenção das barreiras comerciais representa um impacto significativo para o setor avícola brasileiro, que é um dos mais importantes do agronegócio nacional. Minas Gerais, em particular, possui uma forte presença na produção de aves e ovos, e a missão do governador reflete a urgência em reverter a situação.

Ainda durante a conversa, o governador convidou os membros do governo chinês a visitarem o Brasil e confirmarem a situação de segurança sanitária e o trabalho que órgãos do Governo de Minas responsáveis.

O vice-ministro chinês demonstrou abertura ao diálogo e se comprometeu a levar ao alto escalão chinês as informações e a solicitação de suspensão parcial apresentadas pelo governo mineiro. A expectativa é que as negociações possam flexibilizar as restrições, possivelmente com a adoção de regionalização, permitindo a retomada das exportações de regiões isoladas e não afetadas pela ocorrência do vírus.

O setor avícola brasileiro aguarda com expectativa os desdobramentos das negociações em Pequim, na esperança de que o mercado chinês seja reaberto em breve, garantindo a sustentabilidade de milhares de empregos e a continuidade de um setor vital para a economia do país.

Compromisso com a fiscalização

A situação da gripe aviária no Brasil tem sido monitorada de perto pelas autoridades sanitárias. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), tem atuado para conter o vírus e garantir a sanidade do rebanho avícola mineiro. A proatividade em dialogar com os parceiros comerciais são cruciais para minimizar os impactos econômicos da gripe aviária.

Além disso, o IMA promove continuamente estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose. As ações incluem medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como risco, cadastro e vistoria em criatórios de subsistência.

Minas Gerais responde hoje pela segunda maior produção de ovos do país e a quinta maior na produção de galináceos. 



Últimas