Governo ressalta apoio ao esporte feminino no mês das mulheres

Projetos de lei de incentivo buscam beneficiar tanto atletas com pretensão profissional quanto amadoras, jovens e até com 60 anos 

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No mês de celebração do Dia Internacional da Mulher, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG) ressalta políticas públicas desenvolvidas com foco neste público. 

Na área esportiva, a Subsecretaria de Esportes (Subesp) tem em leis de incentivo projetos exclusivos para o público feminino, com iniciativas que vão desde a preparação para o esporte de crianças e adolescentes para o alto rendimento, quanto para aquelas que já atingiram a melhor idade.

De janeiro de 2019 a fevereiro de 2023, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais, 31 projetos para atendimento exclusivo ao público feminino foram apoiados, com um valor total de R$ 10, 3 milhões, e 2.234 beneficiárias. 

O edital de seleção de Projetos Esportivos 15/2022 está aberto para protocolos até 30/6/2023 neste link.  

Captação

Atualmente, quatro projetos do gênero estão em fase de captação, com recursos que ultrapassam R$ 1,4 milhão. 

Para o subsecretário de Esportes, José Francisco Filho, o Pelé do Vôlei, a iniciativa é fundamental para o desenvolvimento do desporto feminino.

“Pesquisas mostram que mulheres de todas as idades praticam menos atividades físicas e desportivas do que homens. Por isso, a importância de incentivarmos a participação feminina em todas as nossas políticas públicas, do lazer ao alto rendimento”, resumiu. 

Um dos projetos, em parceria com a Prefeitura Municipal de São João das Missões, no Norte de Minas, tem como objetivo atender 280 crianças, adolescentes, jovens e idosas, com idades entre 10 e 60 anos. O período é de 24 meses. 

Por meio do projeto, há promoção de corridas e caminhadas de rua, além de atividades esportivas e funcionais. O valor a ser utilizado é de R$ 327,8 mil.

Já os outros três trabalhos têm como objetivo fomentar as categorias de base do voleibol feminino mineiro, voltado para atletas com idades entre 12 e 21 anos. 

Na capital, um deles é realizado em parceria com o  Minas Tênis Clube e tem a finalidade de formar 72 jogadoras da modalidade, ao custo de R$ 385 mil.

Segundo a justificativa do projeto, os recursos serão para “oferecer treinamento, aprimoramento e desenvolvimento técnico e humano para atletas das categorias de base, dando a oportunidade às beneficiadas de participarem de competições regionais, estaduais e nacionais, imprescindíveis para manter o desenvolvimento esportivo de um atleta, auxiliando o desenvolvimento do voleibol em Minas Gerais”.  O trabalho funciona de forma continuada graças à Lei de Incentivo ao Esporte e atende atletas das categorias sub-14 a sub-21. 

Em Contagem, na Grande BH, o quarto projeto é voltado exclusivamente para o naipe feminino do vôlei. Desenvolvido pela Associação Argos, vai atender 18 adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, com previsão de duração de 11 meses. Os recursos serão de R$ 372 mil. 
Assim como no caso do Minas, tanto o Praia Clube quanto a Associação Argos vão usar os recursos para participação em competições, custear treinamentos, viagens, alimentação e toda infraestrutura necessária para o desenvolvimento do esporte.

Interior 

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, projeto desenvolvido no Praia Clube  também busca fortalecer categorias de base femininas por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. 

A equipe do Triângulo pretende trabalhar com R$ 341 mil, durante dez meses, para desenvolver 75 atletas com idades entre 12 e 18 anos.

Bolsas

Além dos projetos de lei de incentivo voltados exclusivamente para mulheres, a Sedese-MG ainda oferece os programas Bolsa Atleta e Bolsa Técnico, que também beneficia o sexo feminino. 

O programa apoia financeiramente treinadores e atletas praticantes do desporto de rendimento prioritariamente em modalidades olímpicas, paralímpicas e subsidiariamente não olímpicas, conforme edital.

Atualmente, duas técnicas são atendidas, Janaína Pessato Jerônimo, de bocha paralímpica, de Uberaba, e Miria Cecília Wnuk Hollerbach Klier, de tiro com arco paralímpico, de Belo Horizonte. 

Além delas, outras 43 atletas recebem o benefício, que varia de R$ 750 a R$ 5 mil, dependendo da categoria.
Júlia Rocha, moradora de Betim e atleta de ginástica de trampolim, está na categoria Nacional e recebe R$ 1,5 mil mensais. 

A garota, de 17 anos, pratica o esporte no ginásio do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) da cidade. No fim do ano passado, ela foi contemplada com o Prêmio do Esporte Mineiro 2022, promovido pela Sedese.

Sobre o Bolsa Atleta, a esportista se diz grata e divide com o programa parte de seu êxito. “O benefício possibilita uma rotina de exercícios bem estruturada, também me ajuda quanto ao custeio de transporte e alimentação, além de viabilizar a minha participação em campeonatos dentro e fora da minha cidade”, ressaltou.

Além de Júlia, outras dez atletas estão na categoria, enquanto quatro são da classe Estadual e recebem R$ 750. Já na categoria Internacional são 27 desportistas, com recursos de R$ 2,5 mil mensais, enquanto que uma bolsista do programa já é atleta olímpica e recebe R$ 5 mil por mês.

Participação

Podem participar do programa atletas e técnicos que apresentam bons históricos de resultados em competições estaduais, nacionais, internacionais e olímpico/paralímpico. 

A participação se dá por meio de edital publicado anualmente no site: www.social.mg.gov.br.



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