IEF orienta população sobre cuidados ao avistar onças na região do Parque Estadual do Rio Doce

Aparecimento do animal na região tem deixado moradores apreensivos

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O Parque Estadual do Rio Doce (Perd), localizado na região do Vale do Aço, é atualmente a maior reserva de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais e abriga uma extensa variedade de espécies de flora e fauna, dentre elas, a onça pintada. Para orientar os moradores do entorno da unidade de conservação, uma equipe de servidores do Parque preparou um material informativo de como proceder e os cuidados necessários em caso de se deparar com onças pintadas nas proximidades.

Evandro Rodney / IEF

Alguns episódios de avistamento de onças pintadas foram relatados por moradores. Embora nunca tenham sido registrados ataques aos moradores da região, o avistamento de onças tem trazido apreensão nos moradores e demanda alguns cuidados.

O informativo orienta que, ao avistar o animal, o indivíduo deve se afastar e não tentar, de forma alguma, capturá-lo. Evite fotografar ou filmar o felino e não adentre as áreas de mata em busca do animal, principalmente nos locais com relatos de onças e, especialmente, ao entardecer e durante a noite. É importante também que a população mantenha as portas dos banheiros, despensas e lavanderias de suas residências fechadas.

Com relação aos animais domésticos (galinhas, cães, bezerros, etc), esses devem ser mantidos em local seguro, redobrando a atenção no período noturno, quando a presença das onças é mais provável. Ao alimentar os animais domésticos, evite deixar alimentos expostos por longos períodos de tempo, especialmente durante a noite. Também é recomendado acondicionar corretamente o lixo.

Caso o animal adentre sua propriedade, a orientação é não tentar acuá-lo. Afaste-se e ligue imediatamente para as autoridades competentes (Bombeiros-193, Polícia Militar-190, IBAMA/IEF- 32 3233-1269).

Outra orientação é manter a calma e evitar movimentos bruscos. Não se deve virar de costas para o animal ao se afastar, permaneça sempre de frente para ele. Quando ocorrer o avistamento, sempre informe aos órgãos ambientais competentes e evite aglomerações no local.

O gerente do Perd, Vinicius Moreira, explica que grandes felinos, predadores carnívoros, ainda existentes na Mata Atlântica, são motivo de esperança para estas espécies, em especial a onça pintada. “A Mata Atlântica se conflagra como um bioma completamente fragmentado, restando pouquíssimos maciços contínuos como o Perd. Neste bioma, também se concentra cerca de 70% da população brasileira, que inequivocamente usufruem de serviços ambientais e ecossistêmicos, como a produção de água e solo para agricultura”, disse.

Ele observa, ainda, que as onças, em especial a onça pintada é um reconhecido indicador de qualidade ambiental, por sua exigência de ambiente ecossistemicamente equilibrado e com “saúde” para sua alimentação e reprodução. “É preciso estabelecer, com urgência, acordos de convivência entre homem e carnívoros, como a onça pintada, que ao contrário de crenças e mitos populares, nos auxiliam na busca da recuperação de ambientes degradados, sendo indutoras do desenvolvimento de políticas públicas de criação de corredores ecológicos, reservas legais, unidades de conservação, etc”, frisou.

 



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