Mostra de Cinema de Tiradentes abre calendário audiovisual brasileiro em 2023

Programação tem exibição de centenas de filmes, mostras competitivas e fórum de debates. Evento vai até o próximo sábado (28/1)

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A 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, em seu formato presencial, abriu o calendário audiovisual brasileiro no último fim de semana, após dois anos de pandemia. Até o próximo sábado (28/1), a programação terá debates, exibição de 134 filmes de 19 estados brasileiros e seminários. A grande novidade desta edição, segundo a secretária adjunta de Cultura e Turismo (Secult), Milena Pedrosa, é o Fórum de Tiradentes - Encontros pelo Audiovisual Brasileiro, em andamento até quarta-feira (25/1), com o objetivo de fomentar discussões que deverão resultar em documento oficial a ser elaborado e apresentado publicamente.

"A iniciativa de abrigar um Fórum se revela promissora e necessária para a discussão das políticas públicas voltadas a esse setor. O audiovisual é uma arte coletiva cuja potência vai além das telas, sendo muito relevante para o desenvolvimento social, humano e para a economia criativa”, pontuou Milena, que foi uma das homenageadas na abertura oficial, no fim de semana, pela contribuição com o audiovisual, a cultura e o turismo.

Ao todo, serão 50 profissionais que estarão presentes no fórum, divididos em cinco grupos de trabalho (GTs): GT Formação, GT Produção, GT Distribuição, GT Exibição/Difusão e GT Preservação.  

Programação

A partir desta segunda-feira (23/1), estreiam as produções selecionadas para as três mostras competitivas: Mostra Aurora e Mostra Olhos Livres, de longas, e a Mostra Foco, de curtas. Os filmes que integram essas mostras concorrem ao Troféu Barroco, prêmios em produtos e serviços de parceiros do evento. Todos os títulos serão avaliados pelo júri, e o anúncio dos vencedores, seguido da entrega do prêmio, será na cerimônia de encerramento, em 28/1.

Outro destaque é o Seminário do Cinema Brasileiro, no qual o público tem a oportunidade de se reunir com críticos e realizadores, compartilhando um momento de diálogo e de extensão da programação de curtas, médias e longas-metragens. Mais de cem profissionais são aguardados em 41 debates, sendo 18 deles integrantes da série “Encontros com os Filmes”, nos quais são abordados os títulos das mostras “Aurora”, “Foco” e “Olhos Livres”, além de bate-papos pós-sessão das mostras “Autorias” e “Foco Minas”. 

“Fundamental a nossa participação nesse importante festival do audiovisual brasileiro e mineiro e que conta com muitas exibições, oficinas, manifestações artísticas. A Mostra de Cinema de Tiradentes contribui para o fortalecimento da nossa cultura e do turismo da região", completou a secretária adjunta de Cultura e Turismo.
  
Abertura

A noite de estreia foi marcada pelo som dos tambores de Maurício Tizumba, de poemas de Ricardo Aleixo e do samba de Manu Dias. Foi prestado tributo aos povos originários do país e à cultura negra, além de ser exaltada a temática do Cinema Mutirão que norteia a programação deste ano.

“O cinema é uma arte coletiva que constrói pontes.  Em diversos momentos achei que não seria possível estar aqui de novo, mas continuamos na nossa 26ª edição envolvendo 250 empresas mineiras, por quase três décadas”, conta a coordenadora geral do evento, Raquel Hallak.  

A dupla de cineastas Ary Rosa e Glenda Nicácio, nascidos em Minas Gerais e atuantes no Recôncavo Baiano, foram os artistas homenageados na abertura. Eles foram aplaudidos pelo público e receberam o Troféu Barroco das mãos de Lila Foster, uma das curadoras do evento, e de Joelma Gonzaga, secretária do Audiovisual do novo governo federal.  

Ary e Glenda se graduaram na faculdade de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Cachoeira (BA), e criaram a produtora Rosza Filmes. Eles levaram a Tiradentes o novo longa-metragem, “Mungunzá”.  

O primeiro encontro também teve a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.

Cortejo  

A arte, a alegria e o colorido das telas foram transportados para as ruas de Tiradentes no tradicional cortejo de abertura da 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Palhaço Alegria, a Turma da Pipoca, Banda Treme Terra e o batuque do Samba do Queixinho ganharam as vias de pedra sabão no sábado (21/1) à tarde. O cortejo de bonecos foi realizado pelo grupo Dia de Reis Grupo Art Move.  

A festividade comemorou também os 305 anos da cidade de Tiradentes. O encontro uniu grupos de tradição local fazendo uma combinação entre a música, o audiovisual, o teatro e a dança, com participação de crianças e toda a comunidade, saindo da Igreja do Rosário até ao Cine-Praça, no Largo das Fôrras.

“A 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes é uma oportunidade para celebrar e fomentar nosso estado a partir do audiovisual.  Um viva a nossa mineiridade, nosso audiovisual nossa arte e nossa cultura!”, finalizou a Milena Pedrosa.



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