Nota à imprensa

Comunicado divulgado pelo Governo de Minas Gerais nesta terça-feira, 23 de dezembro de 2025

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O Governo de Minas comunica o desligamento de Fernando Passalio da presidência da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Servidor de carreira da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG), Passalio foi fundamental para  garantir os ajustes necessários para viabilizar o processo de desestatização dentro do contexto de adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

Para seguir agindo com responsabilidade institucional, transparência e diálogo permanente com os entes concedentes, garantindo o interesse de Minas Gerais e a universalização dos serviços, o Governo de Minas também informa que, agora, o processo de desestatização da Copasa será conduzido por Marília Carvalho de Melo, uma das maiores autoridades sobre água no Estado e que já responde paralelamente pelo tema do saneamento desde 2020. 

Marília foi a primeira mulher a comandar a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a conduzir a gestão ambiental mineira e a liderar o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). É servidora de carreira do Sisema desde 2006, e ocupou, antes de ser nomeada secretária, o cargo de diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) em duas ocasiões.

O governador Romeu Zema agradece o empenho da secretária nos últimos anos e reforça a expectativa com o novo cargo. "Fico extremamente satisfeito de ter tido como secretária alguém tão competente como Marília. Tenho confiança que ela fará um ótimo trabalho na condução da desestatização da Copasa", disse.

A nova presidente é doutora em recursos hídricos. Seu currículo inclui graduação em engenharia civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); mestrado em saneamento, meio ambiente e recursos hídricos, também pela UFMG; doutorado em recursos hídricos pelo Programa de Engenharia Civil (PEC) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi professora e coordenadora do curso de mestrado profissional de sustentabilidade em recursos hídricos na Universidade Vale do Rio Verde (UninCor) e professora de hidrologia na Escola de Engenharia Kennedy (EEK).

Marília esteve no Igam durante a crise hídrica de 2015, momento em que atuou para garantir que não houvesse desabastecimento de água como ocorreu nas outras capitais do Brasil, instituindo de forma inovadora no país critérios de contingência. Captou recursos para elaboração do Plano de Segurança Hídrica do estado e concebeu o modelo que hoje está em fase de conclusão no Igam.

À frente da Semad, levou Minas Gerais a fechar 2025 com um dos balanços ambientais mais expressivos da última década, marcado pela aceleração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), pelo fortalecimento do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e pelo crescimento da produção de mudas nativas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Outro feito importante foi a adesão de Minas Gerais à campanha internacional Race to Zero, liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Reino Unido. O estado foi o primeiro da América Latina e do Caribe a integrar oficialmente a iniciativa, que busca zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) até 2050.

Também foi responsável pela elaboração do Projeto de Lei dos blocos regionais de saneamento, reconhecido nacionalmente como o modelo tecnicamente mais robusto e embasado. Ainda atuou para instituir o primeiro bloco de referência no Jequitinhonha, pelo comitê interministerial. Concebeu tecnicamente a inclusão no acordo de Brumadinho da ação de saneamento e tem conduzido a implementação do investimento de R$ 1,7 bilhão na Bacia do Rio Paraopeba, já com 55 projetos aprovados, 18 licitados e três em execução.

Outros detalhes sobre as mudanças anunciadas serão repassados em momento oportuno.



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