Onça-pintada registrada no Parque Estadual do Rio Doce ganha destaque na National Geographic
Imagem está entre as 25 melhores fotografias do ano, de acordo com a tradicional publicação
Uma imagem rara captada no Parque Estadual do Rio Doce (Perd), em Minas Gerais, foi escolhida pela National Geographic como uma das 25 melhores fotografias de 2025, integrando a prestigiada seleção Pictures of the Year (POY) da publicação, considerada uma das instituições mais respeitadas do mundo em comunicação, exploração científica e fotografia documental voltada à conservação da natureza e à educação ambiental,
A National Geographic destacou o trabalho do fotógrafo brasileiro Fernando Faciole, que registrou a aparição inesperada de uma onça-pintada (Panthera onca), espécie vulnerável e cada vez mais rara na Mata Atlântica. Atualmente, Faciole é bolsista da National Geographic Society, atuando na documentação do Projeto Tatu-canastra no Perd.
Faciole monitorava a toca de um tatu-canastra, outro animal ameaçado, quando foi surpreendido pela presença da onça. O flagrante, descrito pela revista como o encontro com um elusive prowler (predador furtivo, em inglês), representa um importante indicativo da presença do maior felino das Américas no Perd, reforçando a relevância do parque para a conservação da biodiversidade brasileira.
A National Geographic enfatiza que as imagens selecionadas este ano refletem um planeta em transformação e a urgência de preservar ecossistemas ameaçados. Entre fotos captadas em mais de 20 países, a aparição da onça mineira se destaca como um retrato poderoso da vida selvagem brasileira e do papel essencial das Unidades de Conservação na proteção de espécies emblemáticas.
A foto reforça a importância do Parque Estadual do Rio Doce, gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), no mosaico de conservação da Mata Atlântica e demonstra o impacto de pesquisas, monitoramentos e políticas públicas que ajudam a proteger espécies ameaçadas.
Além do registro feito no Parque Estadual do Rio Doce, a seleção reúne fotografias que vão desde cenas marcantes da fauna — como o primeiro registro subaquático de um tubarão-branco no Maine (EUA) — até descobertas científicas e momentos emblemáticos da experiência humana ao redor do mundo.
Para o editor-chefe da National Geographic, Nathan Lump, a coletânea anual busca capturar “beleza, fragilidade e maravilha”, ao mesmo tempo em que convida o público a refletir sobre o futuro do planeta.
Para saber mais sobre a seleção das fotos, a lista completa das imagens selecionadas está disponível em natgeo.com/photos, onde também é possível conferir histórias dos bastidores de cada registro.
