Parque Estadual do Biribiri inicia elaboração de novo plano de manejo

Instrumento norteia as atividades a serem desenvolvidas na Unidade de Conservação

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Com a presença de diferentes segmentos da sociedade, o Parque Estadual do Biribiri, localizado no município de Diamantina, está em processo de revisão de seu plano de manejo. Entre os dias 29 e 31/3, foi realizada oficina participativa e colaborativa com lideranças regionais, entre elas empreendedores locais, moradores e gestores públicos, para definir as novas diretrizes para uso da área e o manejo dos recursos naturais existentes na Unidade de Conservação (UC).

Divulgação / IEF

As oficinas foram feitas dentro do Parque Estadual do Rio Preto, próximo a Diamantina, e foram organizadas e coordenadas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Com base na nova metodologia do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que prevê a construção de um plano de forma processual, contínua, flexível, gradativa e participativa, envolvendo diferentes segmentos da sociedade, o documento, ao ter a primeira versão, será consolidado e aprovado entre os envolvidos.

De acordo com o gerente do Parque, Rodrigo Zeller, o antigo plano de manejo da unidade é de 2004 e precisava ser revisado. “Agora teremos um documento com diretrizes mais definidas e atualizadas”, diz. Segundo ele, trata-se de um plano de manejo construído a muitas mãos, o que permite uma visão mais ampliada dos órgãos públicos sobre as particularidades e necessidades da região.

“Foi uma oficina muito produtiva e com uma linguagem acessível a todas as pessoas que participaram. Assim, todos puderam contribuir. Tivemos empreendedores locais, servidores públicos, profissionais das universidades, moradores do parque e outros atores da sociedade com conhecimentos importantes para o processo. Houve uma sinergia do trabalho, para o qual fizemos uma avaliação diária. A forte participação social nos permite atuar de forma integrada, e sem esta revisão não conseguiríamos isso”, avaliou.

Parcerias

O IEF optou em organizar a oficina sem a contratação de uma consultoria externa.  O Parque Estadual do Biribiri participa do programa Copaíbas, com execução de recursos financeiros administrados pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que é vinculado ao Ministério de Relações Exteriores da Noruega. O Copaíbas viabilizou a contratação dos serviços necessários à realização do evento.

“O programa previa R$ 270 mil em recursos para o parque, o que abrangeria a contratação de uma consultoria e a realização da oficina. Então, aceitamos o desafio de organizar esse evento para que a maior parte dos recursos fosse empregada em outras atividades do parque, como demarcação, sinalização, manejo do fogo e outras ações de proteção, por exemplo”, comenta Rodrigo Zeller.

Além disso, ele destaca que, para os trabalhos, o Instituto Estadual de Florestas contou com o importante apoio de um analista ambiental do ICMBio, que está trabalhando com os colegas do IEF em caráter de capacitação. Ainda, a prefeitura de Diamantina promoveu o transporte para os participantes irem à oficina durante os três dias de realização, em mais uma parceria importamte.  

Plano de manejo

O Plano de Manejo é o instrumento que norteia as atividades a serem desenvolvidas em uma determinada UC. Esse instrumento está fundamentado nos objetivos da unidade e estabelece o zoneamento e as normas que devem ser seguidas para o uso da área e o manejo dos recursos naturais.

Divulgação

Na abertura da oficina, o IEF deu início a uma estratégia de divulgação e educação ambiental sobre o Parque Estadual do Biribiri. Foi apresentado, pela primeira vez, um vídeo curto com as belezas naturais da unidade, com foco na diversidade de atrativos turísticos existentes no parque e outros atributos de grande relevância.

O material audiovisual foi produzido pelo IEF, com colaboração de artistas locais de Diamantina, com muitas imagens feitas por drone. Contém cerca de quatro minutos de duração e será divulgado em eventos, palestras e redes sociais do Governo de Minas. “O objetivo é mostrar nossos atrativos, incentivar a ida de turistas para a região, e contribuir em atividades de conscientização ambiental”, conclui Zeller.

 

 



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