Policiais penais são as primeiras mulheres credenciadas para curso de segurança com armamento

Curso oferecido pela Sejusp padroniza os conhecimentos e torna oficiais habilidades e técnicas já conquistadas

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Arquivo pessoal

Depois de 50 horas/aula no Núcleo Central de Treinamento de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e rendimento de mais de 70% nas provas escrita, oral e de prática de tiros, no Curso de Nivelamento e Credenciamento de Instrutores de Tiro, duas policiais penais do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) já podem ensinar, treinar e reciclar demais policiais penais no manuseio de armas de fogo.

O curso foi ministrado pela Unidade de Treinamento (Utre), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e contou com a inscrição de cerca de 50 homens e seis mulheres. Eliete Rodrigues Leite, 40 anos, e Ana Paula de Oliveira Lacerda, 36 anos, foram as duas policiais penais que conseguiram concluir o curso com alto rendimento, foram credenciadas e são, agora, as pioneiras no sistema prisional credenciadas pela Sejusp. Elas buscaram há poucos anos, por conta própria, a formação como instrutoras de tiro em cursos particulares e foi este conhecimento que possibilitou o ingresso no curso de nivelamento e credenciamento. 

“As mulheres estão mais interessadas na área operacional e faz parte da nossa atividade profissional, como policiais penais, o manuseio de armas de fogo. É um conhecimento importante e que exige reciclagem. Existe a necessidade de mulheres nas escoltas de presas para os fóruns, hospitais, em portarias e guaritas de unidades prisionais”, avalia a policial penal Eliete, com a experiência de 17 anos no sistema prisional, celebrados neste mês.

Ela é natural de Belo Horizonte, e começou em 2006 como agente penitenciária contratada. Passou no concurso de 2013, sendo efetivada em 2017. Trabalhou no Presídio de Vespasiano, Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade e Presídio Antônio Dutra Ladeira. Hoje, está no lotada no Presídio de Jaboticatubas. “Uma boa instrutora de tiro, ou qualquer policial penal, precisa ter equilíbrio, firmeza e tranquilidade. Estar sempre seguro e consciente das normas de segurança é a base de tudo, tornando mínimas as possibilidades de acidentes ao portar e usar uma arma”, garante a instrutora Eliete.
 

Arquivo pessoal

Ana Paula nasceu em Formosa (GO), a quase 800 quilômetros de Belo Horizonte. Ela também passou no concurso de 2013 e foi efetivada em 2017. Veio a Minas Gerais para o certame e aqui ficou. Foi durante o Treinamento com Armas de Fogo (TCAF), em 2018, que ela conheceu o marido, com quem se casou no ano seguinte. 

A policial penal enumera as qualidades necessárias para ser uma boa instrutora. “É preciso ter atenção, extremo cuidado aos detalhes, ser observadora e ter espírito de liderança”. Para futuras policiais penais, ou qualquer mulher que precise ou tenha necessidade de aprender a usar armas de fogo, ela dá uma dica. “Vá de copo vazio, sem medo ou preconceitos. O preparo e os conhecimentos técnicos darão segurança”.



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