Práticas Integrativas e Complementares auxiliam vítimas e familiares em Brumadinho

Equipes de Saúde do Estado realizam diversas ações e medidas emergenciais para atendimento no local, com integração de serviços de atenção primária e de saúde mental

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A primeira ação realizada pelo Núcleo Municipal de Práticas Integrativas e Complementares de Brumadinho (Nupic), com apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foi o mapeamento das regiões que apresentavam mais necessidade de atendimentos das práticas integrativas e complementares na região atingida pela barragem da Mina do Feijão: Casa Branca, Córrego de Feijão e Parque da Cachoeira.
 

Crédito: Nupic Brumadinho

“Após esse mapeamento, os profissionais das PICS, em conjunto com os profissionais do Programa de Saúde da Família, atenderam, nessas três comunidades, os servidores da Saúde, famílias desabrigadas alojadas em pousadas e pacientes atingidos pela barragem em suas residências”, explica a coordenadora do Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares da SES-MG, Gelza Matos Nunes.

O atendimento à população dessas regiões, que começou no dia 31/1, segue com práticas de acupuntura, ventosas, auriculoterapia, florais, reiki e aromaterapia. “Em situações de trauma, as práticas trazem o conforto e acolhimento imediato, a certeza de que têm com quem contar neste momento, além do próprio relaxamento e condições de dormir e descansar para poder lidar com a realidade em que vivem”, ressalta a coordenadora. 

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi estabelecida no Brasil, em 2006, no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio da Portaria GM/MS nº 9712, o documento traz orientações para estruturar as PICS nos serviços da Atenção Básica, além de outras providências.

Antroposofia

O atendimento às pessoas que vivenciaram o desastre em Brumadinho também irá contar com a medicina antroposófica, umas das primeiras PICS institucionalizadas pela Política Nacional e Estadual de PICS, baseando-se nos métodos das ciências naturais, que permitem atuar em todos os detalhes da natureza física ou corporal do organismo humano.

A antroposofia proporciona, ainda, o trabalho da Pedagogia de Emergência, especializada em atuar com crianças feridas emocionalmente, para que recuperem a confiança nelas mesmas. Essa prática já havia sido utilizada anteriormente no atendimento às crianças após o rompimento de barragem em Mariana, em 2015. 

Integração

O atendimento a essas pessoas está sendo registrado e documentado nos prontuários clínicos, com o objetivo de dar sequência às práticas prestadas junto a essa população. O planejamento é para que os atendimentos continuem acontecendo semanalmente, integrando os serviços das Unidades Básicas de Saúde. “Em situações de trauma, as PICS auxiliam os pacientes a usarem as terapias da saúde mental já estabelecidas, como a psicologia e outros”, finalizou Gelza.

- Saiba mais sobre as Práticas Integrativas e Complementares em: www.saude.mg.gov.br/pics

- Saiba mais sobre a atuação da SES-MG em Brumadinho em: www.saude.mg.gov.br/brumadinho



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