Programa de educação ambiental faz conexão com alunos do Rio de Janeiro
Crianças apresentaram atividades desenvolvidas em Minas em prol do meio ambiente
A experiência do programa Jovens Mineiros Sustentáveis (JMS) tem interessado escolas além das fronteiras de Minas Gerais. No dia 1/9, equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) esteve na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, para apresentar o programa ao Colégio Professor Cordelino Teixeira Paulo. Na oportunidade, por meio de uma transmissão ao vivo, alunos mineiros contaram sobre o programa aos estudantes fluminenses.
A ida da Semad à cidade de Cabo Frio ocorreu a convite do colégio, após o professor Nivaldo Fernandes manifestar interesse em conhecer o trabalho do JMS. “Interessei-me pelo programa de Minas e vi potencial para interação com nossos alunos. Essa troca permite a eles uma formação como cidadãos conscientes, responsáveis e um futuro mais sustentável com dignidade e qualidade de vida. É uma atividade que veio para somar no crescimento intelectual e humano dos nossos jovens”, disse.
Para essa interação, um dos gestores do JMS, Ricardo Cottini, esteve na cidade fluminense, apresentou o programa e promoveu uma live entre os estudantes.
Participaram 45 alunos do Rio de Janeiro, e, de Minas, cerca de 70 alunos dos municípios de Bueno Brandão, Machacalis, Manga, Monte Carmelo e Paracatu. As crianças têm entre 11 e 12 anos, estão no nível fundamental, e, durante a transmissão, estavam acompanhados de professores e especialistas pedagógicos tanto de Minas como do Rio.
Outras realidades
“Essa primeira experiência em conectar alunos, por meio virtual, traz para o programa maior amplitude e contribui para a disseminação de práticas educativas que são realizadas em Minas, inspirando outros lugares. O JMS é um programa híbrido que mescla acompanhamentos e intervenções presenciais e virtuais”, diz a diretora de Educação Ambiental e Relações Institucionais da Semad, Ana Cristina da Silveira.
De acordo com Ricardo Cottini, a troca permitiu que os mineiros conhecessem também o que tem sido feito em outro estado pelo meio ambiente. “O JMS trabalha com o princípio do agir local, mas com uma visão global. Dessa forma,o encontro com outras crianças permite a elas conhecer além de suas realidades, proporcionando trocas de saberes”, diz.
Dentro do universo infantojuvenil, os estudantes puderam conversar sobre resíduos sólidos – disposição do lixo e coleta seletiva; poluição das águas; Mata Atlântica, meio ambiente humano – posturas e comportamentos do cidadão sustentável. Os estudantes fluminenses receberam a moeda social Mineirinho, usada nas escolas de Minas, por meio do JMS, para incentivo ao consumo consciente.
“A interação com crianças de outros lugares está associada a um dos princípios básicos da educação ambiental, que é de compartilhar, disseminar e comungar ideias, ser participativo e atento à pluralidade de saberes e modos de ser e viver. Essa atividade se propõe, além de um protagonismo ambiental, a incentivar o uso sadio das redes sociais, divulgando e interagindo Minas com outras regiões, trocando ideias e somando para um mundo melhor”, afirma o subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco.
Jovens Mineiros Sustentáveis
Desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges), por meio da Deari, o JMS reúne um conjunto de atividades de educação ambiental e humanitária voltadas para a conscientização ambiental de estudantes do ensino fundamental, de escolas municipais. Cerca de 6,6 mil alunos já foram beneficiados pela iniciativa desde seu lançamento, em março de 2022.
Em 2023, o programa registrou aumento de 92% no quantitativo de municípios inscritos, se comparado ao último ano, promovendo ações em 105 cidades.
As ações são desenvolvidas com apoio técnico e orientação da Semad, responsável pela elaboração do material didático usado pelos alunos e capacitação dos professores, por meio de curso EaD gratuito disponibilizado na Plataforma Trilhas do Saber, universidade corporativa do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema).
Cerca de 400 professores já foram capacitados pelo programa ao longo de 16 meses de atuação.