Programa Educacetras do IEF leva educação ambiental e conscientização a comunidades

Iniciativa do Cetras Divinópolis e URFBIO Centro-Oeste alia reabilitação da fauna silvestre à formação cidadã e reforça o enfrentamento aos crimes ambientais

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O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) de Divinópolis, em parceria com a Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade- Centro-Oeste (URFBIO) do Instituto Estadual de Florestas (IEF), desenvolve um trabalho que vai além da rotina de resgate e reabilitação da fauna. A instituição, que recebe diariamente animais vítimas de tráfico, acidentes em rodovias, queimadas e outros impactos ambientais, aposta na educação como ferramenta de transformação social por meio do Programa Educacetras.

O projeto surgiu da compreensão de que apenas devolver os animais à natureza não seria suficiente para enfrentar o problema, já que muitos infratores voltam a cometer crimes ambientais. A reincidência, somada à fragilidade da legislação e à brandura das penalidades, evidencia a necessidade de atuar também na formação de cidadãos mais conscientes e na qualificação de profissionais que lidam com a fauna.

Atividades de impacto

O Educacetras desenvolve uma ampla agenda de ações que inclui palestras, minicursos, visitas técnicas, workshops, mutirões e capacitações. As atividades são realizadas em escolas, universidades, instituições de ensino e pesquisa, entidades públicas e privadas, além de organizações do terceiro setor. O público-alvo é diverso: desde crianças em fase escolar até professores, gestores e profissionais que atuam diretamente na proteção da fauna.

Com essa atuação, o programa consegue alcançar tanto áreas urbanas quanto comunidades rurais, levando informações sobre a importância da preservação da biodiversidade e sobre os riscos que ameaçam a fauna silvestre. O objetivo é aproximar a sociedade da causa ambiental e despertar o senso de responsabilidade coletiva.

Identidade e aproximação com a sociedade

Para fortalecer a comunicação, o Cetras criou o mascote Nubinho, um personagem simpático que mistura características do tamanduá-mirim e do tamanduá-bandeira, espécies emblemáticas da fauna brasileira. Nubinho também faz referência ao uniforme dos analistas ambientais do IEF, com coletes e bonés, e atua como porta-voz das ações educativas, tornando as atividades mais dinâmicas e atrativas, especialmente para o público infantil e jovem.

Desafios e resultados

O Cetras Divinópolis vem conseguindo expandir o alcance de suas ações em toda a região Centro-Oeste de Minas Gerais, disseminando a mensagem da consciência ambiental como ferramenta essencial para a preservação da fauna.

Os resultados já podem ser observados no engajamento crescente de comunidades e instituições parceiras, que passaram a procurar o centro não apenas para resgates e triagens, mas também para orientação e capacitação. Essa aproximação fortalece a rede de proteção à fauna silvestre e contribui para a criação de uma cultura de prevenção.

Para Sotero Guimarães, analista ambiental e coordenador do Cetras Divinópolis, a educação é um pilar fundamental no combate aos crimes ambientais. “Não basta apenas salvar os animais vítimas do tráfico ou de acidentes. Precisamos atuar de forma preventiva, mostrando à sociedade os impactos dessas práticas e formando cidadãos comprometidos com a preservação. O Educacetras é nossa forma de unir o trabalho técnico à transformação cultural necessária para reduzir a reincidência de crimes contra a fauna”, afirmou.

Assim, o Educacetras reafirma o compromisso do Cetras Divinópolis e da URFBIO Centro-Oeste em promover não só a reabilitação de animais silvestres, mas também a mudança de consciência social, elemento essencial para que as futuras gerações herdem um meio ambiente mais equilibrado e sustentável.



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