A Escola Estadual Erezinha Antunes Martins, de Nova Porteirinha, que integra a rede de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), levou ao cenário nacional o projeto Sementeira: Plantando Ações Contra as Mudanças Climáticas, iniciativa que articula educação ambiental, protagonismo estudantil e práticas de mitigação climática. 

Desenvolvido no âmbito do Programa de Iniciação Científica na Educação Básica, o trabalho mostra como a rede pública mineira tem impulsionado soluções inovadoras para desafios socioambientais.

A experiência também reforça como o modelo EMTI amplia possibilidades pedagógicas ao garantir mais tempo de aula, maior vínculo dos estudantes com a escola e oportunidades estruturadas de desenvolver atividades, como é o caso dos projetos de pesquisa. 

O projeto

Segundo a professora de Educação Básica Silvana Maria Santos, o Sementeira representa a força da iniciação científica na vida dos estudantes. “Os alunos têm muitas ideias boas. Quando eles entram no projeto de iniciação científica, passam a se sentir engajados, responsáveis pelo processo e capazes de mudar o mundo. A pesquisa científica muda a vida do aluno. É um processo lento, mas é um processo lindo, cheio de descobertas e muita aprendizagem”, destaca.

Para a educadora, a experiência também demonstra o impacto que ações simples podem ter na formação científica e cidadã. “A Sementeira virou um estilo de vida para eles. Eles plantam, cuidam, pesquisam e querem fazer mais. É um projeto que pode ser divulgado para todo o Brasil, porque mostra que qualquer estudante, quando tem oportunidade, pode produzir conhecimento e criar soluções para problemas reais”, afirma Silvana.

Para a estudante Jordana Gabrielle Ferreira Oliveira, do 1º ano do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI), participar do projeto tem sido uma vivência transformadora. “Fazer parte desse projeto é uma experiência incrível! A gente aprende coisas novas, conhece mais os nossos colegas e descobre habilidades que nem sabia que tinha”, conta. 

Jordana destaca ainda o apoio das professoras e o impacto dessa trajetória em sua formação pessoal. “Sou muito grata por fazer parte do projeto, por minhas professoras não desistirem de mim, confiarem e caminharem junto comigo. É uma experiência que vou levar para a vida, e que me motivou ainda mais a continuar”. Para a jovem, ver uma ideia nascer, crescer e se tornar um trabalho reconhecido é a prova de que a educação científica pode transformar histórias.

Fenecit 2025

O Sementeira conquistou espaço na Fenecit 2025 (Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia), realizada entre 18 e 22/11, em Recife (PE). Em um evento que reuniu delegações de cinco países e representantes de 16 estados brasileiros, o projeto chamou atenção por sua criatividade metodológica, relevância social e envolvimento direto da comunidade.