Projeto virtual da Unimontes abre as portas do Museu Regional do Norte de Minas

Em tempos de quarentena, público pode conhecer acervo pelas redes sociais com o “Museu em Casa”

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As telas da exposição temporária do artista plástico Gemma Fonseca, com paisagens e personagens associados às cenas do cotidiano rural do Norte de Minas e às mulheres, também são reproduzidas
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Mesmo que o momento seja de distanciamento social, é possível aproveitar o tempo para conhecer e aprender mais sobre cultura, história e arte. É o que propõe o projeto “Museu Em Casa”, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Por meio das redes sociais Facebook e Instagram, o Museu Regional do Norte de Minas compartilha com o público informações sobre os itens do acervo e seus detalhes históricos.

São mais de 700 peças já catalogadas pela equipe do MRNM e a meta é atingir os 1,2 mil itens que fazem parte do acervo permanente. Eles serão gradativamente disponibilizados nos canais virtuais do museu. Há, ainda, peças de exposições temporárias, como telas, fotografias e esculturas com destaque para artistas regionais.

Divulgação / Unimontes

As postagens nas redes sociais são feitas três vezes na semana, às segundas, quartas e sextas-feiras. O atendimento presencial no prédio, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, está suspenso como medida preventiva contra os riscos de contágio da Covid-19.

Dinâmica

A ideia do museu on-line surgiu a partir da própria dinâmica que o museu oferece, com histórico de mais de 53 mil visitantes em pouco mais de cinco anos de existência. O espaço possui quatro eixos temáticos: Meio Ambiente, Ocupação do Território (Pré-História e Povoamento), Desenvolvimento Urbano de Montes Claros e Saberes / Fazeres e Celebrações.

“O acervo do Museu desperta o interesse por pesquisas, estudos e o resgate histórico de Montes Claros e de quase outras 90 cidades que fazem parte do Norte de Minas. A divulgação do “Museu em Casa” foca nas curiosidades mais interessantes sobre o acervo e de artistas associados aos itens que temos aqui”, reforça o diretor do MRNM, professor José Roberto Lopes de Sales.

As imagens que são postadas nas redes sociais estão sempre acompanhadas com um texto explicativo, diz a historiadora Karine Dias, que coordena a equipe de pesquisa do museu da Unimontes e é a autora do projeto. “Pensamos em mostrar que o isolamento social não significa que o museu não possa estar presente no dia a dia do público que curte o nosso trabalho”, reforça.

Divulgação / Unimontes

Destaques

A divulgação adota critérios culturais e educativos em cada peça postada nas redes sociais. Alguns itens do museu são bem populares e aparecem nas primeiras postagens do projeto virtual. “Eles despertam um misto de fascínio e curiosidade do público, em especial, os que têm riqueza de detalhes”, afirma a historiadora, ao destacar a réplica do Vapor Benjamin Guimarães, marco da navegação do São Francisco, e as carrancas que fazem parte das lendas do rio.

Há, ainda, detalhes sobre as máquinas de datilografia, revolucionárias para a escrita entre os séculos de XIX e XX, e a escarradeira, que o próprio nome sugere um utensílio pessoal para aparar as “cusparadas” das famílias mais abastadas em seus quartos no século XIX. As telas da exposição temporária do artista plástico Gemma Fonseca, com paisagens e personagens associados às cenas do cotidiano rural do Norte de Minas e às mulheres, também são reproduzidas. 



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