Rede Minas se torna cenário de filme mineiro
Equipe de “O melhor queijo do mundo” ocupa o espaço da emissora pública para as gravações do longa
Sem explosões ou megas efeitos visuais, Minas Gerais cativa a sétima arte com suas peculiaridades e tem se tornado, cada vez mais, cenário de filmes. Nesse circuito, a Rede Minas se tornou espaço de locação das produções.
Os espaços da TV pública foram utilizados, na última semana, por mais de 60 pessoas da equipe de “O melhor queijo do mundo”, comédia com direção de Lucas Assunção e produção de Débora Campos que deve estrear nos cinemas ainda este ano.
Entram em cena Maurício Tizumba e Augusta Barna, que vivem o papel de um avô e a neta que decidem participar de um reality show para conseguirem manter a tradicional fazenda produtora de queijo. O elenco conta, também, com o ator franco-argentino Jean Pierre Noher, que trabalhou em diversos filmes e novelas, como “A favorita” e “Avenida Brasil”. Tem, ainda, Janamô (“Vai na fé”), Demétrio Nascimento (“Cidade de Deus: a luta não para”), Rodolfo Vaz (“Amor de mãe”) e Júlia Tizumba, atriz já conhecida no teatro.

Na Rede Minas, Zé Altino (Tizumba) e Vitória (Augusta Barna) vivem uma aventura gastronômica no universo do entretenimento televisivo, com gravações das cenas no estúdio, camarim e switcher, onde os bastidores da atração fictícia acontecem.
“A Rede Minas sempre abriu espaço para produções mineiras e poder filmar aqui significa reforçar essa conexão, principalmente trazendo uma história para toda família que mistura humor, afeto e toda riqueza cultural de Minas Gerais”, disse o diretor Lucas Assunção.
“Essa parceria é essencial para dar vida a um dos momentos mais marcantes do filme, onde a tradição e a paixão pelo queijo mineiro se encontram no palco da competição. O apoio da emissora não só contribui para a realização desse grande projeto, como também reforça o compromisso com a valorização da cultura e do audiovisual mineiro", disse a produtora Débora Campos.
Não é a primeira vez que a Rede Minas está presente nas produções de filmes e comerciais. Em 2024, a emissora pública mineira também foi cenário das gravações de “Vicentina pede desculpas”, dirigido e escrito por Gabriel Martins, de “Marte Um”, além de ter sido espaço de locação de comerciais.
Apoio à sétima arte
O mercado cinematográfico no Brasil tem crescido e o estado de Minas Gerais é um dos responsáveis por essa ascensão. De acordo com pesquisa divulgada pela Sebrae e ONG Contato, enquanto o setor audiovisual brasileiro cresceu 30,72% entre 2014 e 2021, em Minas o aumento foi de 52,21%. A Empresa Mineira de Comunicação (EMC), gestora da Rede Minas, Rádio Inconfidência e Minasplay, tem contribuído para fomentar o setor.
A EMC foi responsável, por meio de editais, pela viabilização de R$ 134 milhões para o mercado cinematográfico. Entre eles, a Lei Paulo Gustavo, que contou com a coordenação da empresa na subcomissão do audiovisual, edital que contemplou a produção de “O melhor queijo do mundo”.
Além da injeção de recursos, a EMC também contribui com a visibilidade das obras, exibindo os títulos na programação da Rede Minas, na plataforma de streaming Minasplay e na organização e participação de mostras, seminários e feiras.
“Em breve, vamos lançar os filmes do Prêmio de Exibição EMC 2024, edital que distribuiu R$ 690 mil para 43 obras. Faremos uma sessão especial com algumas das obras vencedoras em um evento aberto ao público”, anunciou o presidente da EMC, Gustavo Mendicino. Ele antecipa que, também, já estão em planejamento novos investimentos que vão aquecer o setor.